“A vida são deveres que nós trouxemos
para fazer em casa” . (Mário Quintana)
*Por Jane Godoy
Mês de janeiro, época de férias, de
horário de verão, muito calor, intercalado com chuvas fortes, mas passageiras.
Tempo de aproveitar a calmaria da cidade e do trânsito tão amenizado pelas
milhares de pessoas que saem em férias. Famílias inteiras que partem e deixam
os que ficam, no maior sossego.
As tardes ensolaradas e quentes e as
manhãs com aquela brisa gostosa ficam nos acenando com a proposta de sairmos de
casa e, bem descontraídos e com roupas frescas e confortáveis, aproveitar
nossas calçadas pela EPDB a fora.
Ah! Se tiver um netinho para levar
daqueles espertos e que correm o tempo todo, investigando e observando tudo à
sua volta, melhor ainda.
Mas, todo cuidado é pouco! Olho vivo e
mais atenção e muito cuidado, pois, a qualquer momento, naquele gramado que
fica entra as cercas vivas das casas e das calçadas, diga-se de passagem, nem
sempre em boas condições, ou melhor, em sua maioria em péssimas condições, eis
que surge um enorme buraco, sem nenhuma proteção ou sinal de alerta, uma
cerquinha qualquer, nada!
Lá está ele, como diz meu neto Bernardo
“com a bocona aberta” (foto), pronto para engolir crianças, adultos ou animais
distraídos, que procuram aquelas calçadas para o seu passeio de verão.
Um perigo que, bem ao lado de nossas
casas, pode causar uma tragédia num piscar de olhos. Se os marginais resolveram
furtar até tampas de caixas de esgoto ou águas pluviais e ninguém consegue
pegá-los ou evitar que façam isso, sugerimos aos administradores do Lago Sul,
Rubens Santoro Neto, e do Lago Norte, Marcelo Ferreira da Silva, que criem uma
Brigada de Fiscalização de Calçadas e Canteiros Centrais (BFCCC) para que esses
agentes, a pé e em regiões pré-estabelecidas anteriormente, possam fazer,
periodicamente, a vistoria dessas calçadas e gramados, para que acidentes
graves sejam evitados.
Quem abrir os sites das duas
administrações (e de outras também) vai tomar conhecimento das várias ações e
projetos que começaram a ser colocadas em prática, desde a posse em janeiro
deste ano. Os quais, tenho certeza, vão deixar os brasilienses muito felizes e
esperançosos de que um bom trabalho deverá ser feito daqui para a frente.
No entanto, devemos voltar nosso
pensamento para nós mesmos, moradores dos bairros citados e das demais quadras,
asas e eixos da cidade e nos tornarmos não só fiscais, mas colaboradores
contumazes do governo e das administrações regionais, contribuindo com nossa
parcela de zelo e preocupação com o futuro de nossa cidade e com o que ela pode
nos oferecer de bom.
Ensinar aos empregados e nossas
crianças (adultos também) a cuidar da limpeza, termos calçadas benfeitas e
restauradas sempre que necessário (mediante informação nossa, como fazemos
agora). Jardins e gramados bem cuidados, existência e conservação de lixeiras
por todos os lados, iluminação preservada e tudo o mais que nós, moradores,
possamos fazer para, em parceria com os administradores e o governo, nos
tornamos cúmplices na apresentação de uma cidade encantadora, da qual podemos e
devemos nos orgulhar.
Como na citação de Mário Quintana que
transcrevemos acima, fica fácil discernir que todos nós, além de muitos
direitos, temos toneladas de deveres para fazer em casa. Cuidar e ajudar a
cuidar de nossa cidade, para o nosso próprio bem, segurança e conforto é um
desses.
(*) Jane Godoy – Coluna 360 Graus –
Correio Braziliense
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