Além do
Mané Garrincha: veja as PPPs prioritárias do governo para o DF GDF prioriza 10
projetos de parcerias público-privadas para grandes obras e serviços. Quatro
editais devem ser lançados ainda em 2019
Para driblar a falta de dinheiro e de mão de obra,
o governador Ibaneis Rocha (MDB) quer investir fortemente nas parcerias público-privadas (PPPs) a fim de colocar nas
ruas importantes obras e serviços. Atualmente, dezenas delas estão em
análise pelo Governo do Distrito Federal (GDF). No entanto, de
acordo com o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros,
responsável pela área, 10 projetos estão mais maduros e são prioridades na
agenda governamental.
Entre as principais parcerias, estão o Adote uma
Praça, projeto para a manutenção de espaços públicos, que será lançado nas
próximas semanas, e o de criação de um novo aterro sanitário. A
lista também inclui a Arenaplex, a iluminação pública inteligente, a Avenida das Cidades –
anteriormente conhecida como Transbrasília –,
o Centro Administrativo Vivencial e Esporte (Cave) do
Guará, a Nova Saída Norte, o Aeroporto Executivo, o Parque da Cidade e
uma nova ponte sobre o Lago Paranoá.
Segundo Gueiros, os editais do Arenaplex, da
iluminação e do Cave estarão nas ruas até o fim deste ano. As licitações
da Avenida das Cidades e da nova ponte devem ser disparadas até o final de
2020. Ironicamente, a cada novo governo, as promessas das PPPs são feitas
para a população. No entanto, apenas a concessão do Centro de
Convenções Ulysses Guimarães saiu do papel até hoje.
O secretário destaca que o mercado ainda vive os traumas da PPP do novo Centro
Administrativo (Centrad). No entanto, ele garante que a atual gestão
dará conta de executar os projetos. “O governador Ibaneis é o presidente
do Conselho Gestor de PPPs. As políticas são definidas por ele. Além disso,
nossa secretaria é focada e trouxemos gente da iniciativa privada. Há uma
oxigenação”, disse.
As PPPs vão acontecer porque o Brasil tem
atraído interesses internacionais e um ciclo se fechou. Nesse novo [ciclo], nós
não temos alternativa. Se não entregarmos, o Estado vai à bancarrota".(Everardo Gueiros, secretário de Projetos
Especiais)
Gueiros
aponta o Adote uma Praça como cartão de apresentação da gestão
Ibaneis. Além de retomar a confiança da iniciativa privada, o novo projeto
também é uma ação social. Serão pequenas parcerias com comerciantes locais e a
sociedade civil organizada nas quais eles adotarão espaços públicos
em troca de publicidade institucional. (As APPs de Ibaneis, clique : https://goo.gl/TuFrDR
Everardo
Gueiros diz que tem a missão de desonerar o Estado de realizar as pequenas
coisas, porque está sem recursos e “musculatura”. “Se posso falar em uma
terceira onda, agora é o momento da sociedade se integrar, de ela compreender
que o Estado, por si só, não consegue gerar o bem-estar que deveria. E o Estado
tem que fazer o mea-culpa e admitir que precisa da ajuda da população.”
No caso
do tratamento de lixo no DF, a PPP terá uma missão emergencial. “O Lixão da
Estrutural é uma vergonha para o Brasil. Foi dito que ele foi desativado, mas
é uma inverdade. Ainda recebe lixo, resto de obra. Além disso, existe um
passivo”, critica Gueiros.
Ele
destaca que também há demanda para o lixo gerado no dia a dia, uma vez que
o Aterro Sanitário de Samambaia é insuficiente. “Segundo se fala, não só
está vazando chorume como já está quase lotado. Então, não foi feito nada para
solucionar o problema. Estamos estudando a modelagem, mas essa já é uma decisão
de governo”, criticou Gueiros.
Atualmente, o Aterro Sanitário de Samambaia é
operado por um consórcio, seguindo um contrato de prestação de serviço. Fiscalizada pelo Serviço
de Limpeza Urbana (SLU), a empresa recebe R$ 26,49 por tonelada
aterrada. O local recebe 65 mil toneladas por mês. A licitação é válida
até novembro de 2021, com opção de renovação ou abertura de um novo certame.
O
secretário de Projetos Especiais explica que grande parte das ações
previstas nas parcerias são de infraestrutura e transporte, sendo estratégicas
para o crescimento econômico regional. “Sem obras estruturantes, a máquina
pública e econômica não gira.”
Problemas
Provocado por fortes indícios de irregularidades, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) investigou até hoje oito parcerias público-privadas. No total, o corpo técnico abriu 11 processos. O último caso julgado foi o da Arenaplex. Após um longo processo de análise, a Corte liberou o Buriti para o lançamento do edital. A fim de evitar novos tropeços na redação das parcerias, servidores do GDF e do próprio órgão de fiscalização vão participar de um curso de capacitação em PPPs.
Provocado por fortes indícios de irregularidades, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) investigou até hoje oito parcerias público-privadas. No total, o corpo técnico abriu 11 processos. O último caso julgado foi o da Arenaplex. Após um longo processo de análise, a Corte liberou o Buriti para o lançamento do edital. A fim de evitar novos tropeços na redação das parcerias, servidores do GDF e do próprio órgão de fiscalização vão participar de um curso de capacitação em PPPs.
Na
avaliação do especialista em administração pública, professor de direito
administrativo e direito financeiro, Rui Magalhães Piscitelli, as parcerias são
instrumentos contemporâneos para o Estado superar a falta de recursos e
eficiência na gestão. O modelo nasceu na década de 1990. Desembarcando no
Brasil com a Lei Federal nº 11.179, de 2004.
Segundo Piscitelli, o fracasso na adoção das
parcerias é resultado de erros de governos passados na apresentação das
propostas para a comunidade, mas a crise das contas públicas
justifica novas tentativas. “O Estado está com as finanças estranguladas”,
alertou.
“Os
projetos não avançaram por ausência de esclarecimentos. Governos anteriores não
fizeram audiências públicas nem apresentações para as instituições de fiscalização.
No caso da gestão Rollemberg [PSB], talvez tenha sobrado um pouco mais de
autoestima. Faltou transparência e publicidade, não no sentido da propaganda,
mas da disponibilidade das informações”, avaliou.
Por sua
vez, o especialista em administração pública Jorge Pinho não considera as PPPs
válidas para qualquer situação. Na leitura dele, obras nascidas com dinheiro
público não podem ser concedidas.
Se você pega o investimento público e oferece para
uma empresa lucrar em cima dele, isso não é moralmente aceitável. O negócio da
iniciativa privada não é fazer nada de graça para ninguém. Onde o Estado
investiu para o bem comum não deve haver parceria. O dinheiro público não pode
ir para o privado" .(Jorge Pinho, especialista em administração
pública)
Por Francisco Dutra - Fotos: Igo Estrela - JR Rodrigues - Metrópoles
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GDF
Mas já foi pago amigo, igual vc ter que pagar IPTU e aluguel da casa que vc já comprou e pagou. já foi pago igual este todos de Brasília foram pagos por nós contribuintes é justo pagar de novo! Esta é a questão independente de vc ou algum outro não usar assim como as estradas, mesmo vc não viajando por elas vc já pagou por ela no imposto do teu carro, no imposto das pecas, no do combustível ( CIDE, PIS, COFINS, ICMS ISS E IPI). LICENCIAMENTO MULTAS E ETC... ENTENDEU?
ResponderExcluirMas já foi pago amigos, igual vc ter que pagar IPTU e aluguel da casa que vc já comprou e pagou. já foi pago igual este todos de Brasília foram pagos por nós contribuintes é justo pagar de novo! Esta é a questão independente de vc ou algum outro não usar assim como as estradas, mesmo vc não viajando por elas vc já pagou por ela no imposto do teu carro, no imposto das pecas, no do combustível ( CID, PIS, COFINS, ICMS ISS E IPI). LICENCIAMENTO MULTAS E ETC... ENTENDEU?
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