Luís Inácio Adams - Advogado e ex-advogado-geral da União
O que houve com o governador Ibaneis Rocha no voo de Brasília a Portugal no último domingo?
Não vi nada inapropriado. Foi tudo normal. Nada, absolutamente nada que chamasse a atenção. No avião, nós, passageiros, jantamos, vimos filmes e dormimos. Nada demais também que provocasse a atenção do comissariado.
O governador bebeu além da conta?
Eu vi que ele tomou vinho na sala VIP (do aeroporto), como quase todo mundo. Depois tomou um pouco durante a refeição, como é natural num voo como esse. Também não estava acompanhado de um séquito de servidores. Estava apenas com a chefe de gabinete.
Vocês estiveram juntos no VII Fórum Jurídico de Lisboa?
Estávamos lá. Eu tinha a minha agenda e ele, a dele. Faço questão de desmentir a história (de que o governador bebeu muito) porque fui envolvido na história. Fui citado (na matéria) como testemunha.
Uma matéria com esse teor repercutiu muito...
Recebi umas 15 mensagens de WhatsApp. Resolvi registrar no site (onde saiu publicada a matéria) a minha discordância, mas ao fazer isso, precisava publicar a matéria no meu Facebook. Por isso, desisti.
Você e o governador são advogados. São amigos?
Não sou amigo do governador Ibaneis. Ele até já fez uma representação contra mim à Comissão de Ética Pública da Presidência. Era uma coisa sem importância, que não avançou e foi arquivada. Mas não somos os melhores amigos. Não tenho ações contra o governo e nem contratos com o GDF. Mas não gosto de ser envolvido em mentiras. Pode-se concordar ou discordar das pessoas, desde que ocorra de maneira ética. Por isso, tive necessidade de reparar a verdade.
Ana Maria Campos - Coluna "Eixo Capital" - Correio Braziliense
Tags
À QUEIMA-ROUPA