Revitalização em quadras comerciais da W3 Sul deve durar até
90 dias. Obras começaram nesta quarta (10/4) e contemplam as quadras 511 e 512
da Asa Sul. Projeto ficou orçado em 1,7 milhão e a expectativa do governo é
expandi-lo a outras quadras - As quadras receberão mais iluminação,
melhoria na pavimentação e reforma das entradas das lojas
Duas quadras da Asa Sul serão revitalizadas e receberão mais iluminação,
melhoria na pavimentação e reforma das entradas das lojas. As obras começaram
na manhã desta quarta-feira (10/4) e contemplam a 511 e 512 Sul. A expectativa
é de que as reformas sejam finalizadas em até 90 dias.
O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto (Avante),
representantes do Executivo e de autarquias se reuniram entre as quadras para
anunciar a medida. “A W3 é o maior shopping a céu aberto do país. Nosso
objetivo é trazer mais segurança e acessibilidade a esses lojistas”, ressaltou
o vice-governador.
De acordo com Paco, o projeto ficou orçado em cerca de R$ 1,7 milhão e a
expectativa é de expandi-lo para outras quadras da região. “Acredito que ela (a
W3), voltará a ter um comércio forte, como tinha nas décadas de 1970 e 1980”,
destacou.
O Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Matheus de Oliveira,
também comemorou a medida. De acordo com ele, a ideia das obras é deixar as
quadras mais agradáveis e de mais fácil locomoção. “Queremos acessibilidade a
pedestres e, principalmente, pessoas com necessidades especiais”, afirmou.
100 dias de governo : Nesta
quarta, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), apresentou
balanço dos 100 dias de gestão. Ele ressaltou as dificuldades financeiras
agravadas pela decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que imputou dívida
de R$ 10 bilhões à capital. De acordo com o chefe do Executivo, se for
necessário, serão realizados cortes drásticos no orçamento. No entanto, ele
garante que ainda recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a
decisão.
As obras
começaram na manhã de ontem, com a promessa de ficarem prontas em até 90 dias
Há 40 anos, a W3 Sul era considerada o coração do comércio de Brasília.
As calçadas da avenida viviam repletas de pedestres. A maioria, consumidores em
busca de algum artigo nas centenas de lojas. Com o passar do tempo, nasceram
mais bairros no Plano Piloto, outras cidades, os shoppings centers. A W3 perdeu
frequentadores e estabelecimentos. Sofreu com o abandono, inclusive do poder
público. Agora, o GDF tenta reverter esse cenário. Começou um projeto de
revitalização pelas quadras 511 e 512.
Iniciadas na manhã de ontem e orçadas em R$ 1,78 milhão, as obras devem
ficar prontas em três meses. A promessa é reformar pistas, calçadas,
estacionamentos e substituir as luzes tradicionais por dispositivos de LED, que
garantem mais luminosidade. O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto
(Avante), anunciou a medida em um estacionamento entre as duas quadras. “A W3 é
o maior shopping a céu aberto do Brasil. Queremos valorizá-la, dar segurança e
acessibilidade aos lojistas”, ressaltou.
Britto garantiu que o projeto é piloto e deve ser expandido a outras
quadras. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-DF), José Carlos
Magalhães Pinto, reforçou que a W3 é um ícone para Brasília, além de ser
patrimônio da humanidade. “Desde 2015, lutamos para que essa revitalização seja
feita. Nos reunimos com diversas entidades do comércio para que ela fosse
estudada”, lembrou.
José Pinto ressaltou ainda que as melhorias nas quadras não contemplarão
apenas os lojistas, mas também os moradores das quadras 300 e 700. “Essa é uma
grande conquista, mas ainda vamos continuar lutando para que toda avenida seja
revitalizada. Queremos ser exemplos para outros lugares. Essa ideia vai se
concretizar o mais rápido possível”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Matheus de Oliveira,
frisou que os órgãos farão as obras pensando em acessibilidade. “Pedestres e
pessoas com necessidades especiais precisam da cidade agradável e com maior
facilidade de se locomover.”
Resistência
Dono de um dos estabelecimentos mais tradicionais da avenida, a Pioneira
da Borracha, Hely Walter Couto, 93 anos, viu o comércio da região morrendo aos
poucos e o público migrando para outros polos. “As pessoas foram deixando de
frequentar e as lojas falindo. Como o aluguel sempre foi caro, os comerciantes
voltaram os olhos para as cidades satélites (regiões administrativas) e
expandiram o comércio lá”, lembrou o comerciante, que inaugurou a loja em 1959.
Hely afirmou ser dever do Estado investir na região para o público
voltar a frequentá-la. “Aqui, geramos empregos. Precisamos de praças e atrações
para que as pessoas voltem a circular”, disse. Sobre as reformas, o empresário
ressaltou que o essencial são as reformas das calçadas e das entradas das
lojas. Outra reclamação de frequentadores e moradores da região é a falta de
segurança. Morador da 712 Sul, o servidor público Thiago Ribeiro, 36, reclama
que a falta de iluminação causa medo nos pedestres. “Depois das 22h, tudo ficar
deserto. Sempre escutamos relatos de algum caso de assalto”, comentou.
(*) Walder Galvão - - Fotos: Marcelo
Ferreira/CB/D.A.Press – Minervino Junior/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
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