"A esquerda tomou grande parte das
universidades e escolas", diz Bolsonaro. O presidente do Brasil também
reforçou a parceria que pretende construir com o país norte-americano durante
seu mandato: 'O Brasil de hoje é amigo dos Estados Unidos e respeita os Estados
Unidos'
Após receber a homenagem e o
prêmio de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, nesta
quinta-feira (16/5), em Dallas, no Texas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a
citar os protestos contra o bloqueio no orçamento das universidades.
"Vimos algumas capitais com marchas pela educação como se a educação até o
fim do ano passado fosse uma maravilha no Brasil. Temos potencial humano
fantástico, mas a esquerda brasileira entrou, infiltrou e tomou, não só a
imprensa brasileira, mas também grande parte das universidades e escolas do
ensino médio e fundamental”, disse Bolsonaro, no discurso de agradecimento.
Na quarta-feira (15/5), O
presidente já havia feito críticas aos protestos que ocorreram pelo Brasil. Ao
conversar com jornalistas nos Estados Unidos, o presidente minimizou o
movimento contra os cortes na área da educação e chamou os manifestantes de
"idiotas úteis". "Se você perguntar a fórmula da água, não sabe,
não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de
manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades
federais", disse, ao chegar em Dallas.
No discurso de
agradecimento, o presidente do Brasil também reforçou a parceria que pretende
construir com os norte-americanos durante o mandato. "No Brasil, a
política até de há pouco era de antagonismo a países como os Estados Unidos. Os
senhores eram tratados como se fossem inimigos nossos. [...] O Brasil de hoje é
amigo dos Estados Unidos e respeita os Estados Unidos. O Brasil de hoje quer o
povo americano e os empresários americanos ao nosso lado", afirmou.
Bolsonaro citou
também a situação com o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que classificou
o chefe do Executivo como perigoso e preconceituoso. "Eu lamento muito o
ocorrido nos últimos dias, onde não pude comparecer a um evento em outra
cidade. Não posso ir na casa de uma pessoa onde alguém de sua família não me
queira bem. Mas meu amor, o meu respeito, a minha consideração, por todos os
Estados Unidos, inclusive aos nova-iorquinos, continuará", disse sobre a
situação.
No fim, antes de
se despedir, Bolsonaro disse que usaria o próprio chavão usado na campanha
presidencial, mas o modificou. Em vez de usar a frase "Brasil acima de
tudo, Deus acima de todo", o presidente falou: "Brasil e Estados
Unidos acima de tudo. Brasil acima de todos".
Por Maria Eduarda
Cardim - (foto: Reprodução/TV
Brasil) – Correio Braziliense
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