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Documentário conta trajetória de Chiquinho, livreiro da UnB


Documentário conta trajetória de Chiquinho, livreiro da UnB. Dono de uma pequena livraria no Minhocão, ele é conhecido por sugestões certeiras e conversas de igual para igual com mestres e doutores

Nos últimos 40 anos, os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) contam com os conselhos e indicações de leitura de Chiquinho. Dono de um espaço pequeno no Minhocão, mas abarrotado de importantes obras, ele é conhecido por sugestões certeiras e conversas de igual para igual com mestres e doutores da instituição. Tamanho valor chamou atenção do jornalista Hélio Doyle, que lança documentário sobre a vida do livreiro no dia 29 de maio, uma quarta-feira, na própria UnB.

“Nesse momento de exacerbada ignorância e anti-intelectualismo, a vida do Chiquinho é uma exaltação à leitura e a uma profissão quase extinta”, explica o diretor. Segundo Doyle, a sugestão do nome veio do seu filho e assistente de direção, Gabriel Colela. “Queríamos alguém importante, com relevância para a comunidade, mas que ainda não fosse muito conhecido. Meu filho o sugeriu como personagem e eu achei perfeito”, explica.
Ao fazer o convite para o filme, Doyle diz ter conhecido um Chiquinho diferente do expansivo vendedor de livros. “Ele é muito tímido, na dele. Tem vergonha de falar em público. No começou ficou ressabiado, mas topou participar e foi muito solícito durante as gravações”, revelou o jornalista.
Entender melhor a caminhada do piauiense radicado em Brasília desde a infância fez o diretor admirar ainda mais Chiquinho. “Ele era praticamente analfabeto quando começou a vender jornais em Sobradinho. Daí, começou a identificar os gostos das pessoas e, na hora da venda, destacava a notícia que mais interessava a cada leitor. Com isso, chegou a ganhar prêmio de melhor jornaleiro”, conta.
A opinião do comunicador é endossada pelas pessoas que se dispuseram a deixar depoimentos no documentário, como os professores do curso de arquitetura: “Chiquinho é um sonhador realmente, e ele é um sobrevivente dessas relações humanas que existiam dentro da cultura”, afirma Jaime de Almeida. “Ele tem o que falta para muita gente letrada, que é a sensibilidade. Ele é um personagem indispensável e insubstituível”, completa José Carlos Coutinho. Confira o Trailer:
Nos últimos 40 anos, os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) contam com os conselhos e indicações de leitura de Chiquinho. Dono de um espaço pequeno no Minhocão, mas abarrotado de importantes obras, ele é conhecido por sugestões certeiras e conversas de igual para igual com mestres e doutores da instituição. Tamanho valor chamou atenção do jornalista Hélio Doyle, que lança documentário sobre a vida do livreiro no dia 29 de maio, uma quarta-feira, na própria UnB.

“Nesse momento de exacerbada ignorância e anti-intelectualismo, a vida do Chiquinho é uma exaltação à leitura e a uma profissão quase extinta”, explica o diretor. Segundo Doyle, a sugestão do nome veio do seu filho e assistente de direção, Gabriel Colela. “Queríamos alguém importante, com relevância para a comunidade, mas que ainda não fosse muito conhecido. Meu filho o sugeriu como personagem e eu achei perfeito”, explica.
Ao fazer o convite para o filme, Doyle diz ter conhecido um Chiquinho diferente do expansivo vendedor de livros. “Ele é muito tímido, na dele. Tem vergonha de falar em público. No começou ficou ressabiado, mas topou participar e foi muito solícito durante as gravações”, revelou o jornalista.
Entender melhor a caminhada do piauiense radicado em Brasília desde a infância fez o diretor admirar ainda mais Chiquinho. “Ele era praticamente analfabeto quando começou a vender jornais em Sobradinho. Daí, começou a identificar os gostos das pessoas e, na hora da venda, destacava a notícia que mais interessava a cada leitor. Com isso, chegou a ganhar prêmio de melhor jornaleiro”, conta.

A opinião do comunicador é endossada pelas pessoas que se dispuseram a deixar depoimentos no documentário, como os professores do curso de arquitetura: “Chiquinho é um sonhador realmente, e ele é um sobrevivente dessas relações humanas que existiam dentro da cultura”, afirma Jaime de Almeida. “Ele tem o que falta para muita gente letrada, que é a sensibilidade. Ele é um personagem indispensável e insubstituível”, completa José Carlos Coutinho.

Valorização da Universidade de Brasília- Para Hélio Doyle, a coincidência de lançar o longa-metragem em um momento no qual a UnB passa por uma crise – instaurada pelo corte de verbas feito pelo governo federal – traz significados ainda mais profundos à produção. “Não só debate essas questões sobre o ensino das ciências humanas como provoca reflexões sobre essas medidas”, conclui.
Pré-lançamento do documentário Chiquinho, o Livreiro da UnB - Dia 29 de maio (quarta-feira), às 18h. Na Universidade de Brasília (UnB), Anfiteatro 10, Minhocão (acesso pelo ICC Sul). Entrada gratuita

Por Raquel Martins Ribeiro - Rafaela Benez - Metrópoles

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