DJ Tadeu Miura, 49 anos. Figura
conhecida da noite brasiliense, morreu em decorrência de um enfarto. Enterro é
hoje, no Campo da Esperança - Tadeu
começou a carreira de DJ como residente no UK Music Hall
*Por » Irlam Rocha Lima
A noite brasiliense ficou mais
triste com a morte, na madrugada de ontem, de Tadeu Miura, um dos mais antigos
e atuantes DJs da cidade. Solteiro, aos 49 anos, ele foi vítima de enfarto,
decorrente de uma necrose na região abdominal. O sepultamento está marcado para
hoje, às 14h30, no Campo da Esperança, onde o corpo será velado, na capela n.º
1, a partir das 13h.
Filho de Takeshi Miura, um dos
pioneiros da prática e ensino do judô na capital, Tadeu, segundo a prima Diana
Leiko, começou a passar mal em casa por volta das 19h, sendo levado pelo Samu,
inicialmente, para o Hospital Regional de Taguatinga e, de lá, para o Hospital
Anchieta, onde morreu por volta das 5h.
O DJ foi também programador da
Rádio Cultura em duas ocasiões — na última delas, de 2015 a 2018. Lá ele teve
como colega de emissora, o jornalista, produtor e apresentador Marcos Pinheiro.
“Conheci o Tadeu tocando em festas e casas noturnas de Brasília, principalmente
no Gate's Pub (403 Sul). Mas foi na rádio onde passei a conviver com ele. Era
um profissional competente e uma pessoa afável, que tinha ótima relação com
todos”, diz.
Generoso
Um dos locais, no circuito
noturno, onde Tadeu mais se apresentou foi UK Music Hall, na 411 Sul. “Ele era
um dos DJs residentes do UK, onde começou em 1999, quando o nome da casa era
Music Hall Café. Ele nunca faltava e, por isso, me surpreendi quando, na
sexta-feira, ele me ligou para falar que não poderia discotecar naquela noite,
pois não estava se sentindo bem”, conta Gustavo Caxeta, proprietário do estabelecimento.
“Antes de tudo, perdi um grande amigo”, lamenta.
Produtor artístico e criador do
Prêmio Profissionais da Música, Gustavo Vasconcellos também foi bem próximo do
DJ. “Quando, na década de 1990, criei a BSB Disco Club, o Tadeu promovia a
festa Fantasy e, por algumas vezes, levou a banda para se apresentar no
evento”, lembra. “De lá para cá, continuamos a manter contato. Há dois anos,
quando eu, Carmem Teresa Manfredini, Ana Maria Fontes, Márcio e Sandra
Henriques, começamos a fazer a festa Somos tão jovens, em homenagem a Renato
Russo, o convidamos para ser o DJ. Tínhamos por ele uma grande amizade”,
acrescenta pesaroso.
Multiartista e DJ, Gerson Deveras
é outro que vai guardar ótimas lembranças de Tadeu Miura. “Rememorar as festas
em que dividi com ele as carrapetas é assistir a um filme inesquecível. A
primeira vez foi no Espaço Aberto, em Taguatinga. Revezamos no comando das
picapes em várias edições da Luz, Câmera e Ação, no encerramento do Festival de
Brasília do Cinema Brasileiro, na Mansão Rollemberg”, recorda-se. “Nossa
despedida foi recentemente, numa festa na Chapada dos Veadeiros. Tadeu era um
cara de bom gosto e generosidade extremos”, complementa.
Quem também fala com muito carinho
de Tadeu Miura é a ex-promoter Ana Paula Couto. “Tomei conhecimento do Tadeu,
tocando na noite, e entre 2000 e 2001, quando promovia a festa Alta Cúpula, no
Music Hall Café, o convidei para ele ser o DJ. Ele animava os participantes,
tocando o melhor do pop e rock nacional e internacional”, relata. “Tadeu era um
ser de luz, sempre atento às pessoas que o cercavam para quem tinha sempre sua
solidariedade desinteressada”, destaca.
(*) » Irlam Rocha Lima – Foto:
Reprodução/Facebook - Correio Braziliense
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FÉ
Tadeu vai com Deus amigão foi bom te conhecer. ROBERTO XAVIER.
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