Rafael Prudente e a secretária
Ericka Filippelli: presidente e vice do MDB - Após mais
de 20 anos sob a liderança do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, o maior
partido da capital terá como principal dirigente o presidente da Câmara
Legislativa. Renovação havia sido defendida pelo governador Ibaneis Rocha
O deputado distrital Rafael
Prudente foi eleito ontem presidente do diretório regional do MDB. Acumula,
assim, o cargo de presidente da Câmara Legislativa com o comando do maior
partido do Distrito Federal. Ele terá como vice a secretária da Mulher, Ericka
Filippelli, que atua na equipe do governador Ibaneis Rocha (MDB). Dos 71
membros do diretório regional, 70 compareceram e 64 votaram pela eleição de
Prudente. Houve três votos nulos e três contrários.
A ideia, defendida por Ibaneis,
era de renovação do partido, depois de mais de duas décadas sob o comando do
ex-vice-governador Tadeu Filippelli. A eleição foi possível graças a um acordo
entre Filippelli e Ibaneis. A convenção havia sido suspensa a pedido do
governador e de Prudente pelo presidente nacional do MDB, o ex-senador Romero
Jucá (RR). Mas a sucessão foi decidida nos bastidores.
Rafael Prudente comemorou o
resultado e contou que, a partir de agora, a meta é fortalecer o partido, de
olho em 2022. “Queremos atrair pessoas para o MDB sem deixar de valorizar as
figuras importantes que fizeram a história do partido. Vamos fazer uma grande
campanha de filiação para atrair gente afinada com os ideais da legenda”,
explicou Rafael Prudente. “Um dos passos é retomar a atuação dos diretórios
regionais para que a gente possa fortalecer o partido nas cidades e, assim,
crescer de fora para dentro”, acrescentou.
O presidente da Câmara garante que
não ficaram cicatrizes do processo de embate com o ex-vice-governador Tadeu
Filippelli. “Da minha parte, não tem rusga nenhuma. Eu entrei na política pelas
mãos do Filippelli e tenho também uma ótima relação com o governador Ibaneis”,
explicou.
Em setembro, haverá também eleição
no diretório nacional. Jucá, que não se reelegeu senador, não deve permanecer
no cargo. Com apoio de caciques nacionais, como os ex-presidentes da República
José Sarney e Michel Temer, Ibaneis é uma das prováveis opções.
Ana Maria Campos – Helena Mader –
Correio Braziliense
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