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Ibaneis quer apoio do governo federal, Flávio Bolsonaro esteve ontem no Buriti


Governador Ibaneis Rocha quer apoio do governo federal, Flávio Bolsonaro esteve ontem no Buriti para ouvir reivindicações do governador

Para tirar do papel empreendimentos e projetos de lei de interesse do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem intensificado a interlocução com o Palácio do Planalto. Esta semana, o chefe do Executivo voltou a pedir ao Ministério da Economia a liberação do reajuste salarial de policiais civis brasilienses, em paridade com os integrantes da Polícia Federal. Ontem, Ibaneis se encontrou com o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Durante a visita de cortesia, no Palácio do Buriti, o governador aproveitou para pedir apoio à construção do Hospital do Câncer do Distrito Federal.

Na semana passada, Flávio Bolsonaro se encontrou com o secretário de Segurança do DF, Anderson Torres. O senador, aposta Ibaneis, pode ser um importante interlocutor com o governo federal. “Ele agora mora em Brasília e me pediu essa visita de cortesia. É uma pessoa afável e que se colocou completamente à disposição para ajudar o Distrito Federal”, afirmou Ibaneis Rocha.

Durante o encontro, o governador mencionou os empecilhos enfrentados pelo governo para viabilizar a construção do Hospital do Câncer. “São coisas bobas que precisam ser resolvidas na Caixa Econômica Federal para que haja a liberação dos recursos”, argumentou Ibaneis.

Com previsão de 172 leitos de internação e 20 vagas de UTI, o projeto da nova unidade médica foi entregue ao banco em 2017. O hospital oncológico terá consultórios e alas para tratamento quimioterápico e de radioterapia, além de salas de cirurgia e estrutura para exames. A unidade será erguida ao lado do Hospital da Criança, em um terreno de 33 mil metros quadrados.

Os recursos para a construção estão previstos em emendas da bancada de parlamentares do DF desde 2015. Àquele ano, deputados e senadores reservaram R$ 121,9 milhões para o projeto. Neste ano, porém, o montante destinado à obra chega a R$ 126 milhões, de acordo com o GDF.

Para Ibaneis, o importante é criar “um ambiente de harmonia” entre o DF e o governo federal. “Não tenho nada a reclamar, o governo e o presidente têm atendido nossos pedidos. Como ele escolheu muitas pessoas sem ligação com a política, é normal que haja um prazo até que todos conheçam bem as estruturas do governo. Mas temos pressa em alguns temas, como o Hospital do Câncer”, explicou o governador.

Paridade
Ibaneis Rocha não tratou da questão da paridade da polícia com Flávio Bolsonaro, mas, esta semana, o governador enviou ao Ministério da Economia um ofício assinado por ele e pelos secretários de Fazenda, André Clemente, e de Segurança, Anderson Torres. No documento, o DF reitera o interesse em que a Presidência envie ao Congresso um projeto de lei prevendo o reajuste dos policiais civis. Posteriormente, afirma Ibaneis, a intenção é tratar do aumento salarial da Polícia Militar.

Como a prioridade do Planalto é aprovar a reforma da Previdência, dificilmente o governo federal vai discutir a paridade agora. Mas, no segundo semestre, o tema pode ser debatido no âmbito da União. No ofício, o GDF voltou a afirmar que o reajuste da Polícia Civil não terá impactos orçamentários e que será absorvido pelo Fundo Constitucional do DF.

Promessa de campanha, a proposta da paridade foi encaminhada ao governo federal em 26 de fevereiro. O texto do GDF prevê a concessão de reajuste de 37%, em seis parcelas, até 2021. O valor é equivalente ao aumento assegurado à Polícia Federal. O impacto anual será de R$ 645 milhões.

Expectativa
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Rafael Sampaio, conta que o ofício foi enviado ao governo para o Ministério da Economia após conversas e pedidos da categoria ao chefe do Executivo local. Os servidores se preocuparam com o fato de o reajuste não estar previsto no projeto orçamentário federal.

“Temos acompanhado de perto todos esses movimentos. Houve uma identificação da falta de previsão nas leis orçamentárias. Procuramos o governador e ele prontamente encaminhou o documento solicitando essa inclusão”, afirmou. A sinalização, diz o delegado, dá esperança para a categoria, apesar das dificuldades e da demora para o aumento sair do papel.

A pressão para que a paridade se concretize deve aumentar após o fim das discussões sobre a reforma da Previdência. “Estamos vendo a questão da Previdência, que mexe muito com o Congresso e o Governo Federal, mas esperamos que, depois disso, a nossa demanda seja rapidamente levada em conta”, comenta. “É urgente que a proposta tramite para evitar grandes danos à corporação. Diante de todas essas perdas dos últimos anos, o servidor não suportaria passar mais tempo sem recomposição”, completa.

Helena Mader – Alexandre de Paula – Foto: Wilson Dias/Agência Brasil – Correio Braziliense


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