Pedestre se protege do frio da
manhã: Instituto Nacional de Meteorologia prevê dias mais gelados e com menos
umidade relativa do ar
*Por Alan
Rios - Cristiane Noberto
Cada vez mais frio e seco. Inmet
prevê que temperaturas no Distrito Federal vão continuar baixas nas madrugadas
e altas à tarde, com umidade relativa do ar em queda. Sem chuva há um mês,
capital registrou ontem o dia mais frio do ano, com 7,7° C. População deve se
prevenir contra doenças
De manhã, ao sair de casa, agasalhos e toucas se tornam indispensáveis. Pouco tempo depois, o calor toma conta e as roupas precisam ser mais leves. Na tarde, fica difícil respirar devido à seca. E, em seguida, volta o frio. Essa é a rotina do brasiliense no inverno. Além do incômodo do tira e põe das vestimentas, a variação traz uma série de doenças. Ontem, o Distrito Federal registrou a menor temperatura do ano: 7,7° C. No período mais quente do dia, os termômetros marcaram 28ºC e a umidade relativa do ar caiu para 20%.
A previsão do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet) é de que as temperaturas continuem com variação alta e
que a umidade relativa do ar caia um pouco mais. Ao longo da história, o
Distrito Federal registrou dias bem mais frios do que ontem. Em 30 de junho de
1985, a capital teve a menor temperatura medida: 1ºC. Em 31 de julho do mesmo
ano foi registrada a segunda mais baixa na capital — 1,6ºC. Já o período de
estiagem mais longo ocorreu em 1963, com 164 dias sem chuva. Hoje, Brasília
completa um mês de seca.
A auxiliar de serviços gerais
Darcilena Francisca da Silva, 40 anos, sentiu o frio de ontem. “Estava mais
frio do que o normal, senti na madrugada e de manhã, tanto que saí de casa com
três blusas. Amanheci com a garganta irritada, não sei se foi por conta do
frio”, contou. Quem também adoeceu foi Fábio Emanuel Batista, 36. “Saio de casa
às 4h para ir ao trabalho. Tenho de ir agasalhado, com touca e roupa de frio
bem reforçada, mas, mesmo assim, nesses dias, estou um pouco gripado, com nariz
entupido e um pouco de dor de cabeça”, disse o faxineiro.
Baixa resistência
Especialistas dizem ser possível
passar por esses períodos do ano sem ficar doente. “A barreira primária de
proteção das vias aéreas é o nariz. Quando há queda ou aumento importante da
temperatura, a resistência dessa barreira acaba diminuindo e as pessoas ficam
resfriadas, por exemplo”, explica Larissa Macedo de Camargo,
otorrinolaringologista do Hospital Santa Lúcia.
Outro fator que ajuda a
proliferação de vírus é que nos períodos de frio as pessoas costumam se
aglomerar mais e procurar lugares fechados. “Isso é nocivo porque facilita que
as bactérias fiquem mais tempo no ar”, comenta a especialista. O ideal é se
proteger do frio com roupas que protegem áreas sensíveis do corpo, como
pescoço, manter uma boa hidratação, higienizar as mãos e nariz constantemente e
manter uma avaliação preventiva com profissionais da saúde.
Idosos e crianças precisam tomar
cuidados redobrados. Walter Ananias, 72, diz que se preveniu neste inverno.
“Nesses dias de mudanças de temperaturas os mais velhos sofrem. Eu não tive
nenhum problema porque tomei a vacina contra a gripe e me cuido bem. À tarde,
bebo muita água e me alimento sem nada pesado”, ensina o aposentado. Marcelo de
Souza, 42, se preocupa com a filha, de 9 anos. “Criança também sempre preocupa
nessa época, a Anna Clara já ficou gripada e, às vezes, recorremos ao posto de
saúde.”
Recordes: Frio; 1ºC 30 de junho de
1985; ~~~ 1,6ºC 31 de julho de 1985; Seca; ~~~ 164 dias 1963 - Fonte:
Inmet
(*) Alan Rios - Cristiane Noberto*~* Estagiária sob supervisão de Renato Alves - Foto: Ed
Alves/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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