Délio Lins e Silva Júnior, presidente da OAB-DF
Deu tudo certo na votação para a lista sêxtupla?
Experiência positiva?
Deu tudo certo. A votação foi fácil, as pessoas
votaram em segundos. Não houve intercorrência nenhuma. Houve tentativas de
hackers de derrubar o sistema. Mas foi tudo controlado.
O comando da OAB-DF vai apoiar algum
candidato?
Não. São seis nomes muito bons. Aliás, os 12 eram
ótimos. A diretoria não vai se envolver mais agora nas outras fases. Nossa
parte já fizemos.
Qual, na sua avaliação, será o critério dos
desembargadores para a escolha da lista tríplice?
Critério técnico. A lista é bem representativa. São
três homens e três mulheres. Temos advogados públicos e com várias
especializações.
O que vai contar para a escolha do presidente Jair
Bolsonaro?
Não sei. Essa é uma questão do presidente.
Esse modelo de escolha dos candidatos deu certo?
Muito certo. Fizemos um filtro inicial para
garantir a qualidade dos nomes e a palavra final foi da classe. Inclusive, no
Conselho Federal, ouvi que vários conselheiros gostaram e outros estados vão
implementar.
Qual a importância da participação da advocacia na
composição dos tribunais?
É importante para oxigenar, levar as ideias da
advocacia. Quem vem da classe sabe quais são as dificuldades que a advocacia
tem, como falar com juiz, ter acesso aos processos, a celeridade processual...
Os advogados que saíram da OAB-DF têm honrado essa
máxima?
Sim. O desembargador Flávio Rostirolla, por
exemplo, cuja vaga será preenchida, era um advogado dentro do tribunal. Isso
aumenta muito a responsabilidade de quem vai sucedê-lo. Ele atuava muito a favor
da classe.
E o direito de defesa do réu? É mais forte no
julgamento quando um juiz é oriundo da advocacia?
A tendência é essa. Um advogado sabe quais são os
sofrimentos da categoria. Um juiz do quinto acaba em regra sendo um pouco mais
benevolente.
Ana Maria
Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto: Valério Ayres/CB/D.A.Press – Correio
Braziliense
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