Churrasco
na Esplanada servirá seis toneladas de tambaqui à população do DF. Ação
que reúne GDF, Ministério da Agricultura, governo de Rondônia e Secretaria da
Pesca visa estimular consumo do peixe
Cerca de seis
toneladas de tambaqui serão oferecidas para a população em um grande churrasco
na Esplanada dos Ministérios. Trata-se do primeiro Festival Tambaqui da
Amazônia, a ser realizado nesta quarta-feira (07) em frente ao Ministério da
Agricultura. A distribuição do peixe assado terá início às 12h e será
feita em caixas de pizza.
O evento é uma parceria entre o governo de Rondônia
(RO), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a
Secretaria Nacional da Pesca e o Governo do Distrito Federal (GDF). O objetivo
é promover o consumo do tambaqui junto à população do Distrito Federal.
O peixe veio de Rondônia em um caminhão
frigorífico. Serão servidas quatro mil bandas do pescado amazônico, que foi
doado pela Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar,
Zaltana Pescados e Agrofish). Para participar é preciso doar um quilo de
alimento não perecível.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a ideia
surgiu do “Churrasco de Tambaqui”, evento realizado há três anos em Ariquemes
(RO). Ainda segundo o Ministério, a cadeia produtiva do pescado é um dos
pilares de sustentabilidade do agronegócio no estado.
Aquicultura no DF: Segundo Lincoln Nunes
Oliveira, especialista em piscicultura e analista de Desenvolvimento e
Fiscalização Agropecuária da Seagri-DF, a aquicultura no Distrito Federal é uma
atividade relativamente recente, mas que vem apresentando taxas de crescimento
significativas.
O especialista lembra que, entre 2001 e 2018, o
número de piscicultores no DF passou de 214 para 594. Nesse período, o aumento
na produção de pescado pela aquicultura local passou de 409 para 1,5 mil
toneladas ao ano. A principal espécie produzida no DF é a tilápia, seguida dos
peixes redondos – em especial os híbridos tambatinga, patinga e tambacu –
e os híbridos de surubim (pintado real e jundiara).
“Somada à produção dos municípios do entorno, a
oferta regional de pescado chega a pouco mais de cinco mil toneladas, o que
corresponde a apenas 14% do que é consumido em Brasília”, informa Lincoln
Nunes. Ele pontua também que o DF é considerado o terceiro maior mercado
consumidor de pescado do país, com uma demanda anual acima de 36 mil toneladas
e um consumo da ordem de 14 quilos por habitante ao ano.
Fomento: No DF, a Secretaria de Agricultura trabalha
no fomento à piscicultura, por meio de ações de capacitação dos produtores
rurais, pesquisa e produção e distribuição de alevinos.
Somente em 2018, o Centro de Tecnologia em
Piscicultura (CTP) da Seagri-DF, localizado na Granja Modelo do Ipê, produziu e
distribuiu 257,2 mil alevinos. A produção, juntamente com cursos e demais
atividades de capacitações ministradas, beneficiou 901 produtores rurais do DF
e entorno.
Alerta: A subsecretária de Defesa Agropecuária
da Seagri-DF, Danielle Araújo, alerta que a produção de pescado precisa ter
cuidados sanitários. “O consumidor que vai comprar pescado deve sempre se
atentar para a existência de selo de inspeção no rótulo do produto, pois isso
traz a garantia de que passou por fiscalização e está de acordo com a lei”,
adverte Danielle, responsável pelo trabalho de fiscalização.
Também por meio da Subsecretaria de Defesa
Agropecuária, a Seagri atua no controle sanitário da criação e do processamento
de peixes. “Esse controle é fundamental para garantir a segurança
higiênico-sanitária e a qualidade do produto disponibilizado ao consumidor,
evitando perdas econômicas e aumentando a lucratividade dos produtores”,
acrescenta a subsecretária.
Dados da Seagri-DF demonstram que o peixe “fresco”
que chega ao DF, em sua maioria, tem origem em criatórios de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Norte do Brasil. Outros peixes de água salgada –
tanto de pesca de cultivo como de pesca extrativa, como é o caso do
salmão – costumam chegar ao DF por transporte aéreo, do Chile, e chegam em
temperatura abaixo de -1 grau centígrado, de forma a manter as condições do
pescado.
Emanuelle Coelho - Agência Brasíka - *Com informações da Secretaria de Agricultura e do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Tags
EVENTOS



