Egressos do sistema socioeducativo terão
acompanhamento da Sejus
Com o objetivo de reinserir socialmente e
profissionalmente os egressos do sistema socioeducativo no Distrito Federal foi
lançado nesta terça-feira (27/08) um projeto para acompanhamento desses
adolescentes. A medida é inédita. Pela primeira vez será feito o acompanhamento
dos jovens que tiveram a medida judicial extinta. A ação é desenvolvida pela
Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), com o apoio da
Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis).
Nesse primeiro momento, de forma voluntária,
vinte e cinco adolescentes que cumpriram medidas socioeducativas e irão sair da
unidade de internação no mês de setembro aderiram ao projeto, que é uma
iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF).
O secretário-executivo da Sejus, Maurício Carvalho,
representou o Secretário de Justiça e Cidadania, Gustavo Rocha, no lançamento
da ação na Escola de Governo (Egov). Ele afirmou que o compromisso da Sejus é
atuar na ressocialização e evitar a reincidência de atos infracionais. “Como
boa parte da sociedade, esses adolescentes estão inseridos em um contexto de
dificuldade e essa é uma oportunidade de mudança. O desempenho dos jovens no
projeto vai possibilitar novas saídas, eles têm a capacidade de fazer
escolhas”, disse.
Tamo Junto – O projeto “Tamo Junto” terá início
no dia 3 de setembro, das 14h às 18h, todas as terças-feiras, e durante um ano
vai oferecer capacitação para os egressos em quatro eixos: escola, família,
trabalho e emprego e reintegração social. Os adolescentes receberão uma
bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 799,00.
“Acredito nesse projeto porque conheci cada um
desses adolescentes, vi potenciais colaboradores e vamos fazer dar certo. Eles
são importantes para levarmos a iniciativa adiante porque são os principais
atores dessa história”, defendeu a Subsecretária da Subav, Juciara Rodrigues.
Segundo dados da Subsecretaria do Sistema
Socioeducativo da Sejus, 408 socioeducandos foram liberados do cumprimento das
medidas em 2018. Em 2019, até julho foram 202.
A proposta é um marco no DF e um desafio, afirmou a
coordenadora de Internação do Sistema Socioeducativo, Fernanda Rabelo, que
representou na cerimônia o subsecretário Demontiê Alves. “É a primeira vez que
será feito acompanhamento dos jovens que tiveram a medida judicial extinta. A
proposta é fazer diferente, para evitar que esses adolescentes tenham
dificuldade de fazer matrícula na escola e de ingressar no mercado de mercado”,
explicou.
Em nome de todos os adolescentes beneficiados com a
ação, C. A. R. discursou e afirmou que a vida deles não se resume a ser jovens
infratores. “Seremos jovens empreendedores, com vida profissional e mentes
abertas para bons projetos de vida”, disse.
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JUSTIÇA