Ganhe
saúde com malhação sobre rodas Patinetes, patins, a tradicional bicicleta... ,
Modalidades ajudam a escapar do trânsito, enquanto combinam diversão com
atividade física. Jade Araujo usa uma
bicicleta compartilhada diariamente para se deslocar pela cidade.
Clelia Korting costuma andar de patinete nos fins de semana com o
marido, Leandro Korting, e o filho Igor Veríssimo
Deslocar-se pelos pontos da cidade pode ser uma
tarefa difícil. Mas o percurso tem tudo para ser mais interessante — além de
contribuir para um sistema de transportes mais sustentável. Serviços
compartilhados vêm reinventando a mobilidade nos centros urbanos. Além disso,
pegar a bike, andar de patinete ou patins são alternativas que funcionam a
favor da malhação: um ganho para a saúde.
Para o educador físico Carlos Roberto Teles,
coordenador de educação física do colégio Sigma, as modalidades sobre rodinhas
trabalham a resistência muscular, a capacidade cardiorrespiratória e,
dependendo do indivíduo, ajudam no equilíbrio da taxa de colesterol e da
pressão arterial.
Sérgio Reis, professor de educação física do Iesb,
afirma que essas atividades proporcionam gasto calórico. O número de calorias
consumidas depende da massa muscular — que é o tecido metabolicamente ativo de
quem se exercita —, da idade que a pessoa tem, da intensidade do exercício e da
distância percorrida. Sérgio explica que, se considerarmos a bike, um indivíduo
com 60kg, pedalando em ritmo leve, gasta em torno de 240 calorias a cada hora.
Mas os benefícios de inserir as modalidades na
rotina não param por aí. A mente também agradece. “São estímulos interessantes
— traz saúde visual e uma sensação de alívio maravilhosa. Andar nesses
aparelhos ao ar livre alivia o estresse hormonal e mental e melhora o astral
diário. Além de ser uma opção sustentável para o meio ambiente”, acrescenta
Carlos.
Os patins e o skate, normalmente usados para
dinâmicas curtas, também têm vez entre quem deseja atravessar distâncias e
mexer o corpo (e muito!). Com tempo de prática, é possível ganhar confiança nos
equipamentos e se deslocar nas ruas com mais facilidade.
Pedalando por aí - Jade Araújo, 17 anos, usa o
serviço de bike compartilhada diariamente. Para ela, é um facilitador na
rotina. A vida de estudante não deixa tempo para Jade praticar uma atividade
física regular, como ir à academia. A solução, então, é aliar o percurso que faz
todos os dias com o meio de transporte alternativo.
“Pedalar é mais vantajoso do que pegar ônibus ou
fazer uma caminhada entediante. Sinto que realmente uso esse tempo da melhor
forma possível e faço o bem para o meu corpo. Não preciso abrir mão de me
movimentar”, avalia.
A estudante aluga o equipamento na estação de
bicicletas que fica na quadra dela e percorre a Asa Sul até chegar à escola.
Também costuma rodar por outras localidades da zona central da cidade, sempre
nas áreas delimitadas, em calçadas ou ciclofaixas.
Em alta - O patinete
elétrico também virou exemplo de boa prática de transporte nas cidades. Caiu de
vez no gosto do brasiliense, especialmente entre quem deseja praticar uma
atividade de impacto leve. Não se engane. O motorzinho dá a impressão de que
não é necessário esforço algum, mas a atividade exige, sim, equilíbrio e
exercício físico.
Clélia Cristina de Oliveira, 42, supervisora, é uma
dessas pessoas que adora dar uma volta de patinete. Durante a semana, ela
concilia a musculação com exercícios aeróbicos e tenta manter o ritmo da
malhação todos os dias. Mas, aos sábados e domingos, gosta de sair um pouquinho
da rotina. Esses dias ficam reservados para pedalar na bike ou usar o patinete
alugado.
Ela costuma curtir o programa com o marido e os
filhos. É lazer na certa. “Gosto da sensação do vento no rosto e de curtir um
lugar bonito. Esse é o foco principal.” Para Clélia, andar de patinete também é
uma boa pedida em dias pouco convidativos para praticar uma atividade mais
intensa. “Fui ao Parque da Cidade na semana passada, mas o dia estava muito
quente. Em vez de correr, decidi andar de patinete mesmo. Você vai andando e
passando por muitas pessoas, e isso dá uma alegria instantânea”, conta.
Segurança em primeiro lugar - Antes de pegar
um desses meios de transporte alternativo e sair por aí, é importante garantir
que a ergonomia, ou seja, a altura do equipamento, esteja adequada a quem vai
usar. Como explica Sérgio Reis, o aspecto postural correto evita lesão no
joelho, na cervical e no ombro. Bicicletas — e, por que não?, patins e skate —
são veículos. Existe o risco de queda e de se machucar. Já os patinetes
elétricos, que são sensação do momento, exigem cuidados.
Proteção
nunca é demais nesse caso. É recomendado não extrapolar na velocidade e ocupar
somente os lugares indicados e permitidos para o trânsito. Sempre que possível,
o ideal é fazer uso do capacete e equipamentos de segurança, como joelheiras e
cotoveleiras, que protegem as articulações.
Por Giovanna
Fischborn - Fotos: Ana Rayssa/CB/D.A Press
- Correio Braziliense