Solenidade de
lançamento das Escolas Compartilhadas do Distrito Federal e Operação Volta às
Aulas em fevereiro, no Centro Educacional 01 (Estrutural)
Gestão
Compartilhada começa em mais cinco escolas nesta terça-feira. Primeiro
passo são tratativas entre as direções escolares e a Secretaria da Segurança
A implementação da Gestão Compartilhada de mais cinco escolas do
Distrito Federal começa nesta terça-feira (20). A primeira etapa para parceria
entre as secretarias de Educação e de Segurança envolve alinhamentos entre as
duas pastas. É nessa fase que são passados detalhes, formas, ações e
procedimentos a serem adotados pelos integrantes do novo modelo. Só mais para
frente a mudança aparecerá nos pátios e salas de aulas dos colégios do DF.
Encontram-se, a partir de agora, as equipes do Centro de Ensino Fundamental
19 de Taguatinga (CEF 19), do CEF 407 de Samambaia, do CEF 1 do Núcleo
Bandeirante e do Centro Educacional 1 do Itapoã (CED 1). “A partir de amanhã
começamos as tratativas com os diretores para viabilizar o modelo. É etapa de
reconhecimento. Há todo um processo de adaptação”, explica o secretário de
Segurança, Anderson Torres.
A mudança é feita em etapas. Depois dos alinhamentos internos que
envolvem as alterações administrativas da gestão, agora compartilhada, as novas
formas de funcionamento são repassadas aos professores e servidores – como
maior rigidez no horário e formação de entrada. Por fim, começa a adaptação
junto aos alunos e tem início, de fato, o novo modelo. No CED Condomínio
Estância III de Planaltina as conversas entre as partes estão em andamento.
Houve pacificação nessas regiões que eram
violentas. Ibaneis Rocha, sobre o efeito da Gestão Compartilhada
O modelo de Gestão Compartilhada busca uma educação de excelência para
os estudantes da rede distrital, o enfrentamento à violência no ambiente
escolar, a promoção da cultura de paz e o pleno exercício da cidadania. A parte
pedagógica continua a cargo dos professores, dos diretores e dos orientadores.
A segurança, incluindo a entrada e a saída dos estudantes, fica com a
Polícia Militar, que também trabalha no dia-a-dia dos estudantes com conceitos
de ética e de cidadania, além de promoverem atividades esportivas e musicais
nos chamados contraturnos.
Mais segurança: Nesta segunda-feira (19), o governador Ibaneis
Rocha explicou que estudos do Ministério da Saúde anexados ao projeto apontam
altos índices de criminalidade e de usuários de drogas nas regiões dos colégios
com determinação de compartilhamento de gestão.
O chefe do Executivo ressaltou que as escolas que iniciaram a gestão
dividida no início do ano não registraram novos casos de violência. “Pelo
contrário, houve pacificação nessas regiões que eram violentas”, observou. Para
ele, consultas locais são necessárias para explicar e desmistificar o projeto e
para que pais, professores e toda a comunidade escolar possam conhecer e se
familiarizar.
O chefe do Executivo ressaltou que professores, diretores e servidores
que não quiserem participar do modelo podem pedir transferência para outras
escolas. “Não vamos forçá-los a trabalhar em modelo nenhum”, esclareceu. Até
2022, 40 escolas terão compartilhamento de gestão.
Quatro escolas iniciaram o ano letivo com o novo modelo de gestão:
Centro Educacional (CED) 3 de Sobradinho, CED 1 da Estrutural, CED 7 de
Ceilândia e CED 308 do Recanto das Emas. O critério de escolha tem como
parâmetro o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), assim como ocorrências criminais nas regiões das
instituições de ensino.
Jéssica Antunes - Agência Brasília - Foto: Renato Alves