Justiça
condena ex-distrital Cristiano Araújo por fraude em licitação da FAP. A 3ª Vara Criminal de Brasília condenou o ex-distrital
Cristiano Araújo (PSD) a cinco anos de prisão em regime semiaberto pelo crime
de fraude à licitação.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT), ele participou de um esquema ilegal de distribuição de
bolsas da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP) em 2012. O órgão é vinculado à
Secretaria de Ciência e Tecnologia, pasta chefiada por Cristiano à época.
Na
sentença, proferida na última sexta-feira (02), o juiz Aragone Nunes Fernandes
ainda impôs ao ex-parlamentar o pagamento de 270 dias-multa — cada um no valor
equivalente a três salários mínimos vigentes naquele ano, mais correções. Cabe
recurso. “Concedo-lhe o direito de recorrer em liberdade, tendo em vista a
primariedade e o fato de responder ao processo-crime em liberdade. É sempre bom
destacar que a prisão cautelar é exceção em um Estado Democrático de Direito”,
destacou o magistrado.
Esta é a
segunda condenação de Cristiano pelas fraudes. Em 5 de julho, a 3ª Vara da
Fazenda Pública do DF julgou culpados pelo crime de improbidade administrativa
o ex-parlamentar, o ex-senador Gim Argello e outras 28 pessoas. A sentença
determinou a perda dos direitos políticos, o pagamento de multa e a proibição
de contratar com o poder Público.
Apadrinhados
políticos:O processo licitatório fraudado oferecia bolsas de R$ 4 mil mensais e
convocava os interessados a desenvolverem projetos para a elaboração de um
banco de dados com as melhores empresas de Brasília, às quais deveriam ser
dirigidos aos turistas na Copa do Mundo de 2014.
No
entanto, a denúncia do MPDFT indica que o edital tratava-se de uma fachada para
beneficiar apadrinhados políticos. O órgão ministerial apontou que os bolsistas
eram, em geral, jovens de boa aparência que ganhavam o dinheiro sem nem sair de
casa. O esquema foi investigado no âmbito da Operação Firewall.
Cristiano
teria indicado nove bolsistas. O número, confirmado em depoimentos de
investigados, consta ainda em uma planilha encontrada durante as investigações.
A matriz descreve o nome do candidato escolhido e o responsável pela indicação.
Ana
Viriato – Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press – C.B.Poder – Correio Braziliense
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