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À QUEIMA-ROUPA: André Puppin Macedo, sétimo colocado na consulta feita aos advogados

André Puppin Macedo, Sétimo colocado na consulta feita aos advogados para a definição da lista sêxtupla para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do DF

A candidatura de Christianne Dias Ferreira foi contestada na Justiça e uma medida cautelar suspendeu a homologação da lista sêxtupla. Caso ela seja excluída, o senhor ocuparia o lugar dela. Teve alguma relação com essa ação?
Não tenho nenhuma relação com esse pedido. A ação solicita que a candidata seja excluída porque exerce um cargo de direção na Agência Nacional de Águas. O pedido é para excluí-la e não para cancelar a eleição, é bom esclarecer. Para deixar claro: isso é o que a ação pede, não é a minha opinião. A partir da ação, a Justiça mandou suspender a homologação e deu 72 horas para tanto a OAB quanto a candidata se manifestarem. Depois, é que vai se decidir se aceita-se ou não a liminar contra a candidatura dela. Então, eu estou, por enquanto, aguardando e acompanhando de perto o processo. 

Qual deve ser o papel de um magistrado oriundo da advocacia? 
Deve ser principalmente analisar os processos com conhecimento de todos os argumentos. É preciso avaliar todos os pontos que foram colocados pelos advogados das duas partes. Isso para mim é o respeito à advocacia: o advogado ter certeza de que a petição dele foi lida ponto a ponto e analisada antes da decisão. 

Qual é a sua opinião sobre a lei de abuso de autoridade como foi aprovada no Congresso?
Tem pontos positivos e negativos. Por isso, eu entendo que essa lei poderia ser objeto de um debate maior. 

Por que se considera apto a exercer a magistratura?
Porque eu tenho 25 anos de efetiva advocacia. Tenho 48 anos. Então, mais da metade da minha vida foi de militância na advocacia. Nunca ocupei cargo público. Nos últimos 5 anos, tenho mais de mil processos só no TJDFT, fora outros tribunais. Além disso, tenho mestrado e doutorado em direito constitucional e sou professor de direito processual civil há quase 20 anos. Mas o fator principal é minha atuação como advogado e meu conhecimento da militância. 

Há uma série de questionamentos e polêmicas atualmente sobre a atuação da Justiça no Brasil. Como o senhor avalia esse ambiente? 
Eu acho que o principal ponto é que o Judiciário, diante de qualquer situação, deve se pautar sempre pela imparcialidade e pela aplicação da norma a cada caso específico. A partir daí, a decisão e o resultado vão depender dos fatos concretos de cada caso. 

Fala-se muito que o Brasil passa por um momento em que a democracia está ameaçada diante de tanta polarização... O senhor acredita nisso? E de que maneira a Justiça pode ajudar nesse sentido?
Não acredito que existam ameaças à nossa democracia. As nossas instituições estão muito fortes independentemente de existir polarização e acredito que não se corre esse risco.

1.712 votos 8,54% dos votos válidos. Vídeo, da Redação do Blog
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Correio Braziliense

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