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Muita vontade de arrumar a casa


Muita vontade de arrumar a casa

*Por Jane Godoy

“Juntos não há estrelas que não podemos alcançar, nem sonhos que não podemos realizar!”  (Mahatma Ghandi)

Depois de tudo o que a gente tem conseguido, no tocante à iluminação dos pontos mais importantes da cidade, com a total conscientização de que o que queremos é mesmo olhar em volta e ver uma capital impecável, limpa, iluminada e digna de receber todos aqueles que aqui chegam para admirá-la, temos tido motivos de sobra para ficarmos satisfeitos com o resultado.

O maravilhoso Buriti da praça que lhe dá o nome, hoje imponente e altaneiro como bem merece estar, o prédio do STF, na Praça dos Três Poderes, cuja nova iluminação tem encantado a todos, a expectativa da Torre de TV que, depois de terminada a sua restauração deverá ficar linda com sua nova iluminação, como a parisiense  Torre Eiffel e tantos outros logradouros que tanto queremos ver igualmente bem cuidados e brilhando para o mundo.

Desde que a Secretaria de Turismo começou o trabalho de recuperação dos Centros de Atendimento ao Turista (CATs)  por toda a cidade, sendo o primeiro a Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes, ao participar dos eventos que lá acontecem, os frequentadores começaram a reparar e mandar mensagens sobre o quanto as imediações do Panteão estão abandonadas, com lixo acumulado nos cantos, sem um paisagismo programado à sua volta.

Já escrevemos sobre isso em 4 de agosto, mas parece não terem dado a devida atenção.

Um monumento como aquele, de uma arquitetura audaciosa, realmente merece que seu entorno seja ajardinado, bem planejado, para que à sua volta e até mesmo na base do mastro da bandeira, seja cuidado com o carinho e atenção que um lugar como aquele exige, em qualquer parte do mundo.

Sabendo sobre tudo o que ressaltamos aqui, sobre esses pontos tão carentes de atenção e a devida valorização, realmente não dá para entender o quanto os tratam com descaso, sem lhes atribuir a menor importância. O resultado, então, é aquele aspecto de abandono, fazendo com que até lixo se acumule pelos cantos.

Além da escuridão, poeira e capim crescido à sua volta, encontramos marcas de pneus de carros, resíduos de encontros amorosos, seringas.

Tudo o que não deveria estar num lugar como aquele, em torno do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, cujo nome deveria ser respeitado e cujas imediações deveriam ser tratadas com o maior cuidado.

A apenas sete meses das comemorações dos 60 anos da inauguração de Brasília, uma data redonda que, desde março deste ano estamos empenhados em transformá-la num grande acontecimento, estendemos nosso olhar, também para aquele lugar que, com certeza, deveria ser revestido de toda a beleza e magnitude, dignos da Capital da República, com a iluminação e imponência adequadas aos grandes monumentos.

Imagino ali os nossos ipês, nas suas mais variadas cores, os flamboyants, as flores, o gramado, iluminação de efeito, jardins, fontes, bancos para a contemplação do vitral e do mastro da bandeira.

Acredito que tudo aquilo foi planejado, para receber a merecida ambientação e paisagismo à sua volta.

Tantos anos depois resta-nos a esperança de podermos assistir à entrega a Brasília, no seu aniversário, de mais um maravilhoso motivo para que nos orgulhemos de viver nesta cidade linda e bem cuidada.

Não custa nada sonhar!

(*) Jane Godoy – Coluna 360 Graus - Foto Barbara Cabral/CB/D.A.Press – Correio Braziliense


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