Perto de
sair do papel: grupo que fará projeto do VLT é escolhido. A publicação no Diário
Oficial do DF determina que o plano obedeça às exigências legais e da Semob. As
linhas ligarão terminal Sul e Norte
OGoverno
do Distrito Federal divulgou nesta segunda-feira (23/09/2019) o resultado do
pregão eletrônico para a escolha das empresas que vão tocar o projeto de
implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na W3. Segundo a publicação, o
grupo autorizado é formado pelas empresas BF Capital Assessoria em Operações
Financeiras, Serving, Civilsan, Empresas Associadas de Engenharia, Trans
Sistemas de Transportes e Viação Piracicabana.
A partir de agora, elas trabalharão em um documento para que o sistema
de transporte dentro do Plano Piloto saia do papel. Com tentativas frustradas
desde a gestão do então governador José Roberto Arruda (PL), o VLT terá de
obedecer diversas etapas e parâmetros para que, de fato, atenda a população.
Segundo o Chamamento de Manifestação de
Interesse n.º 01/2019, o modal deve ligar o terminal da Asa Sul ao da Asa
Norte, passando pela via W3, utilizando tecnologia VLT e sua extensão até o
aeroporto. O escopo dos projetos, estudos, levantamentos ou investigações devem
obedecer aos parâmetros exigidos por lei, além de passar pelo crivo da
Secretaria de Mobilidade
O projeto
prevê a construção de 22 km de linha. As empresas selecionadas ainda contarão
com alimentação elétrica. O modelo também exigirá que o GDF reavalie a
circulação dos ônibus que hoje trafegam na via W3. Dentro do plano está
prevista a implementação, entre as quadras 600 e 900, de sistema para que
ciclistas e pedestres circulem em segurança.
O
objetivo do governo é firmar uma parceria público–privada (PPP) a fim de
viabilizar o empreendimento. O estudo selecionado terá seus direitos associados
transferidos à administração pública e só poderá ser divulgado após a
publicação do Aviso de Audiência Pública sobre o tema.
VLT para
2020 No fim de julho, o governador Ibaneis Rocha (MDB) já havia reforçado sua
intenção de retomar o projeto do VLT dentro de uma parceria público–privada
(PPP). De acordo com o chefe do Executivo local, a iniciativa foi completamente
remodelada. Em 30 de julho, o GDF assinou o distrato do projeto anterior com a
Caixa Econômica Federal (CEF) a fim de iniciar o novo modelo. A decisão foi
tomada após a União negar pedido de reconsideração do Palácio do Buriti para
devolver R$ 26 milhões, antes destinados ao VLT.
A linha
do novo VLT sairá do Aeroporto JK em direção ao Terminal da Asa Sul, próximo a
1ª Delegacia de Polícia. O transporte seguirá pela W3 Sul e W3 Norte. Nesta
fase inicial, os trilhos acabam no Noroeste. “É um projeto que precisa
acontecer, mas não aquele do passado”, pontuou Ibaneis. Por enquanto, o governo
não tem os valores consolidados. Pelo planejamento de Ibaneis, as obras do VLT
começarão no início de 2020.
O que diz
a Semob Em nota, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que o
próximo passo do projeto será “discutir com o grupo selecionado a necessidade
de fazer alguns ajustes e esclarecer algumas dúvidas, visando a sua
apresentação em audiência pública”
Segundo a
pasta, após a realização de audiência pública – ainda sem data marcada –, o
estudo será “submetido ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e, em
seguida, divulgado o edital de licitação”.
Por
Manoela Alcântara – Foto: Editora de Artes - Metrópoles