Outubro
Rosa: fachada do Hospital de Base é colorida com grafites. Ação de 30 artistas
do DF ocorreu no sábado e já atrai olhares de brasilienses que passam pelo
local. (*Por Ana Karolline Rodrigues)
Em ação
voluntária, 30 grafiteiros do Distrito Federal transformaram a fachada do
Instituto Hospital de Base (IHBDF) no último sábado (26/10/2019). A iniciativa
foi organizada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, que
trabalhou durante todo o mês de outubro para arrecadar os materiais necessários
para a realização do projeto.
Nesta
segunda-feira (28/10/2019), as artes que colorem os mais de 100 metros da
fachada voltada para o Setor Comercial Sul já começaram a atrair olhares de
brasilienses que passam pelo local. Para Rafaela Rodrigues, uma das
coordenadoras da Rede, a atenção da população representa os bons frutos que a
entidade colhe com o trabalho.
“Hoje,
passamos por lá e vimos todo mundo olhando, falando sobre a arte e dizendo que
deu outra cara ao hospital. Nós passamos o mês de outubro todo na campanha,
trabalhando, indo atrás de doações. Então, vimos que a população já deu valor
àquilo e sentimos que nossa missão foi completa”, contou ao Metrópoles.
“Por ser
o mês do Outubro Rosa, quisemos fazer esse trabalho agora, por causa da
campanha de conscientização. Nossa ideia era levar alegria aos pacientes do
hospital como um todo e já tivemos uma ótima recepção. Estamos muito felizes”,
comemorou Rafaela.
Segundo a
coordenadora, o grupo precisou arrecadar dinheiro para comprar tinta branca,
spray e alimentos para os artistas voluntários. “Fizemos folders e dois vídeos
durante o mês e divulgamos em redes sociais. Recebemos o valor em dinheiro,
porque o spray tinha que ser da mesma marca, então pegamos o valor pela conta
da Rede. Então, foi um conjunto da Rede com os grafiteiros e a população que
ajudou”, disse.
Resultado
elogiado: Ao Metrópoles, a grafiteira responsável por recrutar os outros
artistas, Camilla Santos, conhecida como Siren, disse que todos ficaram felizes
com o resultado: “Tanto a galera da Rede Feminina de Combate ao Câncer quanto
os artistas voluntários. Dentro do grafite, sempre ocorrem eventos beneficentes
em que os artistas se voluntariam, mas acho que isso ainda não tinha sido feito
em um hospital tão grande”, pontuou.
“O muro foi bem grande, mais de 100 metros, e foi um time grande, de 30
artistas, a maioria mulher. Todos deram o melhor de si.”
A arte
final, segundo a grafiteira, já foi elogiada por funcionários do hospital.
“Acho que foi uma ação bem diferente, aquilo vai marcar o hospital além das
marcas que literalmente pintamos nas paredes”, considerou.
“A ideia
foi levar muita cor e alegria com a arte como ferramenta de transformação.
Espero que sirva como uma motivação para outras ações acontecerem e para que
outras pessoas, mesmo sem serem artistas, possam se interessar em ajudar de
alguma forma”, completou Siren
*Por Ana
Karolline Rodrigues - Fotos: Mike Sena - Metrópoles