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Estar ali para trabalhar!


Estar ali para trabalhar!

*Por Jane Godoy

Está provado cientificamente, em todo o mundo, que o turismo constitui a maior fonte de renda para o país, estados e municípios, principalmente se é subdividido em segmentos específicos, como turismo cívico, cultural, de consumo, de formação e estudos, de negócios, gastronômico, ecológico, náutico, de aventura, de esporte, religioso, de saúde.

Com tamanho leque de opções para atrair turistas de todas as partes do mundo e do Brasil, seria um desperdício de qualquer governo não dar atenção e cobertura a essa atividade que, além de colocar o país, estado ou cidade que o oferece em evidência, é um grande gerador de empregos.

Pensando nisso, o Senado fez um debate sobre a importância do turismo, de maneira geral para estimular, principalmente, em Brasília, o turismo cívico.

O assunto foi debatido na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (foto).

A audiência pública foi realizada a pedido do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que sugeriu maior estímulo a visitas de estudantes do ensino fundamental e médio à capital federal, com foco na história política do Brasil.

A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, compôs o debate com Claudia Maldonado, presidente da Associação da Indústria Hoteleira, e Henrique Severien, representante da Associação da Indústria Hoteleira.

Para a secretária Vanessa Mendonça, “Brasília é uma realidade no turismo cívico e funciona como uma ferramenta fundamental para resgatar e fortalecer a história da capital”. “Desejamos que a população do Brasil e do mundo seja convidada e se interesse pela nossa cidade. Que a gente consiga despertar o sentimento de patriotismo e encantamento que só Brasília pode oferecer”, complementou.

Longe de ser uma cidade essencialmente administrativa, sede do poder da nação, todos sabemos — e sentimos — que é uma capital moderna, com vida própria, onde se encontra a oportunidade para conhecer e admirar a arquitetura contemporânea, assinada por grandes mestres, como Oscar Niemeyer e Lucio Costa mais a arte de Athos Bulcão e Roberto Burle Marx. Conhecer a nossa história, ainda que tão jovem, se comparada com à do Velho Mundo e países americanos e asiáticos que, desde tempos remotos, sabem explorar todas as formas de turismo, arrebanhando divisas e trabalhos para seus habitantes.

“É por meio do turismo cívico, que o visitante poderá conhecer o outro lado de Brasília, além de criar uma conscientização, evitar a agressão a monumentos e, aos poucos, formar cidadãos preocupados com o patrimônio público”, pontuou o senador Izalci Lucas.

Iniciativas do GDF como o “Programa de Turismo Cívico Brasília: o Brasil começa aqui” é um exemplo de ações que visam impulsionar a capital federal. O objetivo maior é proporcionar educação, cultura, turismo e cidadania por meio do acesso de estudantes, crianças, adolescentes, adultos e idosos à visitação a pontos turísticos do DF.

Entre as ações de destaque estão a participação de crianças nas solenidades de Troca da Bandeira, sempre no primeiro domingo do mês, e a visitação semanal à Residência Oficial de Águas Claras.

Em outubro, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo da Câmara Legislativa aprovou o Projeto de Lei 507/2019, que institui, no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal, um mês dedicado a esse segmento turístico: Brasília Capital do Turismo Cívico para o Brasil e para o Mundo.

Claudia Maldonado exaltou a importância do setor para o fomento à economia e ressaltou o potencial de Brasília. “A capital retém todos os símbolos nacionais. Temos a cultura, é uma cidade tombada, além de termos o cerrado, o esporte, entre tantos outros pontos. Entendemos que o GDF está desenvolvendo um trabalho que ainda não tinha sido feito, e é importante que isso passe a ser uma política de Estado para o Brasil.”

Pelo visto, estamos no caminho certo. Estamos caminhando para um destino promissor, certamente com todas as secretarias se empenhando em alavancar Brasília, levando-a à beira da perfeição como cidade, tendo como ponto de partida o ano de 2020, quando nossa capital atingirá a plenitude de seus 60 anos.

Esperamos, cheios de fé, que as gerações futuras e os governos que hão de vir sigam esse mesmo caminho, dando continuidade a esse trabalho e regando, com amor e espírito cívico, as sementes aqui plantadas em 2019.

Que deixem de lado essa mentalidade retrógrada e pouco recomendada de, por birra política, não dar continuidade ao que foi iniciado na gestão passada, gerando uma coleção de obras abandonadas, de logradouros se deteriorando, de pontos mortos por toda a cidade e Estado, “porque são obras iniciadas no governo passado’.

Sem pensar no futuro e nas próximas gerações, essa tradição tacanha tem levado o país ao sucateamento e ao abandono. Só para se ter a vaidade de “começar outra obra” deixando inacabadas e jogando dinheiro fora, investido fracassadamente em todas as outras.

É muito mais digno e passível de consideração e elogios aquele governante que termina, em seu governo, o que foi começado e interrompido pelo anterior, eliminando o sucateamento e o desperdício e ,sobretudo, pensando nos contribuintes que, tristes e desiludidos, veem o fruto de seu trabalho e da correção no pagamento de seus impostos ir para o ralo da incompetência e da falta de respeito e de cidadania.

Que todos pratiquem o ensinamento de JK gravado acima, mostrando que “esta cidade se abre para o amanhã”.

(*) Jane Godoy – Coluna 360 Graus – Foto: Luis Tajes – Correio Braziliense



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