Conhecidos os finalistas do concurso do boulevard
comercial. Para a construção, estima-se investimento de R$ 500 milhões. Obras
devem ser iniciadas no segundo semestre de 2020, com a conclusão da primeira
etapa prevista para 2022
O Consórcio Arena BSB, em parceria com arquitetos e
urbanistas do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), selecionou três
projetos arquitetônicos para a construção do boulevard comercial entre o
Estádio Nacional Mané Garrincha, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e o Ginásio
de Esportes Nilson Nelson. Segundo o presidente da Arena BSB, Richard Dubois, o
consórcio pretende começar as obras em julho do ano que vem e entregar a
primeira etapa do Complexo Esportivo em 2022. O GDF trabalha para garantir
celeridade à construção do empreendimento.
Os finalistas do Concurso Nacional de Arquitetura e
Paisagismo para Requalificação do Complexo Esportivo e de Lazer Arena BSB foram
anunciados nessa segunda-feira (11). Os arquitetos Rodrigo Salvati, da Salvati
Empreendimentos Imobiliários de Caxias do Sul (RS); André Augusto Prevedello,
da AP Arquitetos de Curitiba (PR); e Éder Rodrigues de Alencar, da ARQBR
Arquitetura e Urbanismo de Brasília (DF) concorrem ao prêmio de R$ 5,2 milhões
que será dado ao projeto escolhido.
01 (Projeto
de Éder Rodrigues de Alencar, da ARQBR Arquitetura e Urbanismo, de Brasília
(DF) 02 Projeto de Rodrigo Salvati, da Salvati Empreendimentos
Imobiliários Ltda., de Caxias do Sul (RS) – 03 Projeto de André Augusto
Prevedello, da AP Arquitetos, de Curitiba (PR).
Foram inscritos 46 projetos de
profissionais de todo o país interessados em participar das obras de
reestruturação do Eixo Monumental, que, nos próximos anos, ganhará mais espaço
para lazer, com cinemas, bares, restaurantes, academias, casas de espetáculos e
lojas. Agora, os selecionados vão detalhar seus projetos e reapresentá-los à
comissão julgadora em 9 e 10 de dezembro. O resultado final será divulgado no
dia 14 de dezembro.
O consórcio Arena BSB vai investir
cerca de R$ 255 milhões nas obras civis e outros R$ 55 milhões no projeto de
paisagismo. Outros R$ 200 milhões devem ser investidos pelos ocupantes do
espaço em obras internas em cada loja ou restaurante.
Dubois afirmou que, mesmo sem a
escolha final do projeto, o consórcio já deu entrada na análise do Estudo de
Impacto de Vizinhança (EIV) para a obtenção do licenciamento da obra. O EIV
detalha os impactos que o empreendimento vai gerar em seu entorno. “Sua análise
demora de três a seis meses. Ele é a mãe das licenças, o que vai permitir a
construção do empreendimento como um todo”, explica.
Licenças: Com o detalhamento dos
projetos e a escolha do vencedor, ele acredita que, até março, será possível
dar entrada nas outras licenças específicas necessárias para a realização das
obras, que devem ser liberadas em até 45 dias. “Assim, a gente espera ter toda
a documentação em mãos até junho para já começarmos a construção do boulevard”,
diz.
Segundo o executivo, a primeira
fase do complexo, com cerca de 60 mil metros, será concluída até 2022, e a
segunda parte, o equivalente a 30 mil metros, em 2024. Além de espaços de
lazer, o complexo terá 16 quadras de tênis e dois campos de futebol que poderão
ser utilizados pela comunidade mediante uma espécie de aluguel. “Esses campos
de futebol poderão ser usados, por exemplo, em jogos do Candangão que não têm
público para encher o Mané Garrincha. Ficará mais barato para os clubes”, diz
Richard Dubois.
O diretor de Novos Negócios da
Terracap, Sérgio Nogueira, afirma que o GDF vem acompanhando de perto a
realização do concurso e vai trabalhar para garantir a celeridade da concessão
dos alvarás para a construção do complexo. “O Arena BSB é um projeto de governo
e é nosso interesse garantir rapidez ao processo e fazer com que as coisas ali
andem logo”, afirma.
Contrato: A Terracap e a empresa
Arena BSB assinaram, em julho passado, contrato de concessão, por 35 anos, do
Centro Esportivo de Brasília. Segundo o contrato, a gestão do Estádio Nacional
Mané Garrincha, do Parque Aquático Cláudio Coutinho e do Ginásio de Esportes
Nilson Nelson seria conjunta por 180 dias. Ou seja, o custo para a manutenção
dos equipamentos é do GDF.
A partir de 27 de janeiro, porém,
a Arena BSB vai arcar com todas despesas do complexo, o que vai gerar uma
economia entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês. O consórcio tem um prazo de
cinco anos para edificar todo o boulevard e, a partir do 6º ano, o GDF vai
receber R$ 5 milhões de outorga pelo uso do espaço, além de 5% mensais sobre o
faturamento bruto anual do complexo quando ele for maior que R$ 85 milhões por
ano, cerca de R$ 8 milhões a cada mês.
Por Gizella Rodrigues - Agência Brasília
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