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Ponto a Ponto: Paulo Henrique Costa - Presidente do Banco de Brasília (BRB)


Nós passamos a ser um banco competitivo. Ganhos do Banco de Brasília nos primeiros nove meses do ano superaram em 50% o resultado de 2018, com lucro de R$ 282 milhões. No trimestre, crescimento foi de 129,3%. A instituição também bateu recorde na carteira ampla de crédito

O balanço do terceiro trimestre do Banco de Brasília (BRB) manteve a linha de resultados positivos conquistados pela instituição em 2019. De janeiro a setembro, o lucro recorrente líquido chegou a R$ 282,8 milhões. O valor representa aumento de 50% em relação a 2018. Na análise do resultado do terceiro trimestre, a evolução é maior: os R$ 121,9 milhões representam crescimento de 129% quando comparado o mesmo período do ano anterior.

O diretor presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, acredita que a melhoria é consequência de mudanças de postura propostas pela gestão atual. “As nossas ações de posicionamento estratégico, de aproximação com o servidor, com o setor produtivo e o foco na construção civil e na revisão para baixo das nossas taxas de juros estão produzindo efeito”, avalia Paulo Henrique. “Nós passamos a ser um banco competitivo e procurado pelos clientes. A consequência é o aumento do resultado”, completou (leia Ponto a ponto).

O balanço demonstra também que o BRB bateu recorde da carteira ampla de crédito, que chegou a R$ 10,1 bilhões, o maior nível da história da instituição. Com o resultado, o crescimento foi de 12,4% em 12 meses e 5,9% no trimestre. O destaque na carteira é a linha de crédito consignado. O saldo desse tipo de transação foi de R$ 5,6 bilhões, aumento de 17,8% em 121 meses e de 7,6% no trimestre.

Os resultados positivos, segundo o diretor presidente, devem aumentar o apoio da instituição a iniciativas do GDF. “Como banco público, o BRB precisa avançar como principal agente financeiro do GDF. Então, anunciamos recentemente a adoção da Torre de TV. Temos anunciado um conjunto de ações esportivas, culturais e de lazer na cidade. Vamos patrocinar a orquestra sinfônica e logo vamos anunciar parceria de suporte e exposição de marca do Museu Nacional”, adiantou Paulo Henrique.

Segundo ele, o impacto do BRB na economia do DF em 2019 foi de R$ 7 bilhões. Ele acrescenta que foram repassados R$ 100 milhões ao GDF para obras e serviços públicos do governo. Ele comentou também a gestão do sistema de bilhetagem do transporte público do DF, assumida pelo BRB no início da semana. Segundo o diretor presidente, foram encontradas 80 mil vulnerabilidades nos cadastros do passe livre e outras gratuidades (leia mais na página 18). Apesar das dificuldades, ele acredita em melhorias consideráveis no serviço.

Recordes: Nós anunciamos vários recordes.  O primeiro deles foi o nosso resultado, que alcançou no ano R$ 282 milhões e, no trimestre, R$ 121 milhões. Também alcançamos recorde no tamanho da carteira do banco. Ou seja, as nossas ações de posicionamento estratégico, de aproximação com o servidor e com o setor produtivo e o foco na construção civil e na revisão para baixo das nossas taxas de juros estão produzindo efeito. Nós passamos a ser um banco competitivo e procurado pelos clientes. A consequência é o aumento do resultado.

Lucro: O lucro cresceu 129% na comparação do terceiro trimestre de 2019 com o terceiro trimestre de 2018. É um resultado que veio por meio da ampliação das operações de crédito, por meio da ampliação do relacionamento com os clientes — oferecendo os diversos produtos de cartão, seguros etc. — e também pelo controle de gastos.

Despesas: Nós somos um banco público, precisamos ter eficiência. As nossas despesas, sejam de pessoal, sejam administrativas, apresentaram um crescimento abaixo da inflação. No caso das despesas administrativas, inclusive, a gente apresentou queda em relação aos nove meses do ano passado. Em relação ao trimestre anterior deste ano, houve crescimento de despesa, mas todas elas abaixo da inflação. Essa é a nossa referência: manter o crescimento das nossas despesas sempre abaixo da inflação.

Carteiras de crédito: A principal carteira que apresentou crescimento é a carteira do consignado pelo relacionamento e pelas novas condições que a gente tem oferecido ao servidor. Outras carteiras importantes são as carteiras de crédito rural, que apresentou um crescimento de quase 30%. A carteira de capital de giro a pessoa jurídica cresceu 64% na comparação trimestral, mostrando que a gente se aproxima do setor produtivo.

Impacto na economia do DF: Nós liberamos R$ 6 bilhões em crédito nesses primeiros nove meses do ano e distribuímos, por meio de outras ações, mais de R$ 1 bilhão, seja por meio de pagamento aos nossos empregados, seja por meio do pagamento de impostos, dividendos e fornecedores. O GDF é o nosso principal acionista. Distribuímos R$ 100 milhões ao GDF, e o governador Ibaneis Rocha nos deu a indicação de que vai aplicar esses recursos em obras para melhorar a qualidade de vida do cidadão. Logo, haverá placas na cidade dizendo: obra financiada com lucro do BRB.

Iniciativas da cidade: O BRB é o banco da nossa cidade, tem foco de atuação concentrado aqui. A gente entende que, como banco público, ele precisa avançar como principal agente financeiro do Governo do Distrito Federal. Nós anunciamos recentemente a adoção da Torre (de TV), temos patrocinado um conjunto de ações esportivas, culturais e de lazer na cidade. Vamos patrocinar a orquestra sinfônica de Brasília e logo anunciaremos uma parceria também de suporte e exposição de marca do Museu Nacional.

Sistema de bilhetagem: Nós consideramos esses primeiros dias como sendo uma migração extremamente positiva. Quando a gente assumiu essa responsabilidade, nós definimos eixos específicos que gostaríamos de atuar. O primeiro deles é a melhoria da experiência do usuário. O segundo, a modernização do sistema. E o terceiro, a redução do volume de fraudes. Em relação à experiência do usuário, o nosso foco se concentrou em primeiro lugar em aumentar a quantidade dos postos de venda. Saímos das 13 lojas originais do antigo DFTrans e fizemos a virada na segunda-feira, com 73 lojas. Fizemos também o lançamento de um aplicativo. O aplicativo teve uma segunda versão lançada na quarta-feira e hoje permite consulta de saldo, consulta de extrato. Isso dá esse conforto para a comunidade, além de agilidade e facilidade para o cidadão.

Vulnerabilidades: Fizemos uma auditoria no sistema de cadastros e foram encontradas mais de 80 mil vulnerabilidades no código deste sistema. Em conjunto com o antigo gestor, nós entendemos por bem não fazer a migração desse sistema para o BRB. Mas o que aconteceu? Esse sistema vinha fora do ar com um índice de intermitência há algumas semanas e não voltou ao ar na segunda-feira, como a gente esperava. Na própria segunda-feira, tomamos uma decisão de antecipar a migração de uma parte desse sistema para o nosso ambiente e, na terça-feira, o sistema voltou a funcionar.

Programa de integridade: Nós nos habilitamos no Ministério Público para sermos colaboradores. Passamos a trocar informações o tempo inteiro e a atuar como assistente de acusação na Justiça para que todos os cuidados fossem adotados e que a gente pudesse apurar responsabilidades claramente. O programa de integridade é um processo de continuação e de fortalecimento dessa estrutura de governança do banco. A gente acredita que a sustentabilidade, a mudança de cultura e um compromisso forte com fazer a coisa correta virão daí.

*Por Agatha Gonzaga- Alexandre de Paula - Foto: Lucio Bernado/Agência Brasilia - Correio Braziliense

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