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Sapateira após vendaval na Asa Norte: “Deus me deu um livramento”


Sapateira após vendaval na Asa Norte: “Deus me deu um livramento” . Comerciantes e moradores da 308 Norte falam sobre o terror vivido na última sexta. Nesta segunda, começou a retirada de galhos e troncos. (*Por Ana Karolline Rodrigues)

Os prejuízos causados pela forte chuva que atingiu o Distrito Federal na noite de sexta-feira (13/12/2019) ainda assolam moradores da capital nesta segunda (16/12/2019).

Três dias após o temporal, na área residencial da 308 Norte, a vizinhança aguarda a retirada das árvores que foram derrubadas pelos ventos.
Sapateira há 22 anos na quadra, Elineide Santana, 40 anos, por pouco não viu a barraca ser atingida por uma árvore que caiu a cerca de três metros de seu local de trabalho. “Deus me deu um livramento”, disse, aliviada.
“Eu saí daqui às 17h na sexta, e a chuva começou umas 19h30. Mas tenho uma cliente que mora aqui na frente e filmou tudo. Quando ela me mandou, e eu vi que quase acertou minha barraca, fiquei com medo. Eram ventos muito fortes”, relatou.
De acordo com Elineide, moradores da região frequentemente acionam o governo para pedir vistorias no jardim. “Só que eles não nos atendem. Chegam aqui, olham as árvores que a gente sabe que estão comprometidas e não podam”, comentou.

Retirada: Inocêncio Pereira é jardineiro e presta serviço para um dos blocos. Na manhã desta segunda, com um facão, ele começou a cortar troncos de uma árvore que fora derrubada a fim de retirá-la da frente do prédio.

“Demora o dia todo para fazer a limpeza completa, porque essa que caiu aqui é de responsabilidade do condomínio. Mas as outras a gente está esperando que alguém do governo venha retirar e até agora nada”, afirmou.

Para o porteiro Erivaldo Lisboa, o temporal causou “grande estrago” na região. “Foi a primeira vez que vi algo assim. O colega que me substituiu viu tudo e ficou apavorado, então, já nos avisou. Só pode ter sido um vento muito forte para arrancar uma árvore desse tamanho”, frisou.
“Tudo caído” : O zelador Lorival Paulo da Silva, 67, mora e trabalha no local há 36 anos. Contou que nunca viu ventos tão fortes. “Eu estava ali tomando uma cerveja quando ouvi o barulho. No momento que cheguei, já estava tudo caído. Eram ventos que pareciam que iam derrubar tudo.”
Após o ocorrido, ele pontua que bombeiros serraram os troncos, mas que funcionários da Novacap ainda não foram retirá-los. “Estamos ligando, esperando que alguém venha fazer alguma coisa. Como ninguém veio ainda, nós mesmos estamos retirando da pista, para aliviar a frente da garagem”, comentou.
O que diz a Novacap: Em nota, a Novacap afirma que suas equipes estiveram nas ruas durante o fim de semana “para amenizar os prejuízos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Distrito Federal na noite de sexta-feira (13) e seguiu pela madrugada de sábado”.
De acordo com o texto, a companhia realizou trabalho intensivo para desobstrução dos pontos mais críticos, como vias, ciclovias e passeios públicos. Entretanto, ainda não há um levantamento definitivo do número de árvores caídas no DF.
“Mas os trabalhos de poda e recolhimento continuam nesta segunda (16)”, garante a Novacap, apontando que as administrações regionais do Plano Piloto, em especial as da Asa Norte, do Guará e da Samambaia, foram as mais prejudicadas.
“De acordo com o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, até o momento, foram registradas quedas de 23 árvores nesses locais, bem como quedas de galhos”, salienta a companhia.
O comunicado diz ainda que os serviços do DPJ correspondem a “nove remoções de árvores caídas, duas podas drásticas, quatro remoções de árvores mortas, uma supressão, 15 viagens de lixo, seis viagens de madeira e quatro viagens de troncos” 
(*) Por Ana Karolline Rodrigues - Fotos: Vinícius Santa Rosa - Metrópoles 


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