Brasil perde por 1 x 0 para a Itália na reedição da
final da Copa de 1994. Romário e Bebeto estavam em campo na capital
cearense, mas não impediram a derrota diante da equipe master europeia
O ídolo Romário ganhou abraço
de Panucci após ter um gol anulado por impedimento
Fortaleza – Foram 120 minutos de 0 x 0 na final da
Copa de 1994, mais 68 minutos na reedição da decisão, nesta quinta-feira (9/1),
no duelo entre as seleções masters de Brasil e Itália, no Estádio Presidente
Vargas, em Fortaleza, na festa que marcou a retomada da Seleção de veteranos.
Coube ao vilão Massaro, que teve o pênalti defendido por Taffarel na decisão do
Mundial dos Estados Unidos, o papel de carrasco verde-amarelo no triunfo da
Squadra Azzurra por 1 x 0. O duelo teve dois tempos de 35 minutos e a rede só
balançou aos 34 da etapa final. Berti tentou finalizar de calcanhar, a bola
desviou em Cafu e sobrou para Massaro fuzilar Gilmar Rinaldi. O terceiro
goleiro na campanha do tetra substituiu Taffarel durante o clássico.
“Se eu tivesse marcado em 1994, na chance que eu
tive, aos 15 minutos, o jogo seria diferente. De qualquer maneira, marcar o gol
hoje é uma espécie de consolação. Nestes 26 anos, encontrei algumas vezes os
jogadores daquela final e é sempre uma satisfação”, disse Massaro.
“A gente perdeu quando podia perder. Há 26 anos,
quando valia o tetracampeonato, a gente ganhou. É importante para os jovens,
que não conheciam, entenderem o que significa essa geração para o futebol.
Queria vencer e fazer o gol, mas a festa foi muito bonita”, comentou Romário.
Depois da partida com presença de 18.726 pagantes,
o presidente da CBF revelou a intenção de repetir eventos como o de ontem na
capital cearense. “Estamos resgatando o reconhecimento aos grandes jogadores da
história do Brasil. Trazendo de volta a Seleção de masters em termos oficiais.
Está resgatada para sempre. É a primeira degustação com um grande evento,
investimento. É mais um jogo para valorizar os jogadores”, explicou Rogério
Caboclo.
Relator da CPI da CBF no Senado, Romário foi uma
das atrações do jogo, mas o mandatário da entidade nega qualquer tipo de toma
lá dá cá. “Romário é o grande ídolo, o artilheiro, o cara de um momento
histórico da Seleção. A presença dele é muito importante, mas relações pessoais
não mudam por causa disso. Não existe nenhum tipo de troca. Eu sou o tipo de
pessoa que não pede nada em troca. Ele sabe disso. Nunca pediria favor para
nada, nem para ele nem para ninguém. É um prazer tê-lo em campo em uma relação
com a torcida”, disse.
Marcos Paulo Lima - Enviado
especial /Correio Braziliense - (Foto:
Lucas Figueiredo/CBF)