Richard Dubois, diretor presidente
da Arena BSB, adiantou que o consórcio investiu R$ 3 milhões em janeiro
*Por Walder Galvão
Arena BSB assume o Mané
Garrincha. O consórcio também ficará à frente do Ginásio Nilson Nelson e do
Complexo Aquático Cláudio Coutinho, que fazem parte do Complexo Esportivo de
Brasília. GDF acredita que o negócio permitirá a economia de R$ 13 milhões por
ano
Fonte de escândalos de corrupção e
construído ao custo de R$ 1,6 bilhão, o Estádio Nacional Mané Garrincha será
administrado integralmente pela iniciativa privada. Ontem, durante solenidade
no estádio, o Governo do Distrito Federal (GDF) entregou a gestão à Arena BSB.
A empresa também assumirá o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio
Coutinho, que fazem parte do Complexo Esportivo de Brasília, conhecido como
Arenaplex.
Após passar por licitação, o
consórcio dividiu a gestão do Arenaplex no último semestre com a Agência de
Desenvolvimento de Brasília (Terracap). O contrato tem duração de 35 anos, e o
Executivo passará a receber repasses apenas após o sexto ano de gestão
independente. A expectativa do GDF é de economizar quase R$ 13 milhões por ano,
valor que era usado para a manutenção de todas as estruturas. Além disso, a
proposta prevê pagamento anual de R$ 5.050.000 ao governo local, além do
repasse de 5% do faturamento líquido.
O governador Ibaneis Rocha (MDB)
ressaltou que a troca de gestão alivia o Estado. “O que muitos julgavam ser um
elefante branco passa a ser um motor de desenvolvimento na nossa cidade por
meio de turismo, grandes eventos e partidas esportivas. É uma virada na chave
da história do Mané Garrincha e do DF”, ressaltou. De acordo com o chefe do
Palácio do Buriti, recursos serão obtidos por meio de tributos, e empregos,
gerados de forma direta e indireta com eventos nacionais e internacionais.
O diretor presidente da Arena BSB,
Richard Dubois, ressaltou que, durante a gestão compartilhada, foram feitas
operações assistidas. “Fizemos o maior inventário da história do estádio”,
detalhou. Segundo ele, iniciou-se um programa de investimentos, e R$ 22 milhões
estão disponíveis para aplicações. “Desse valor, usamos R$ 3 milhões apenas em
janeiro”, informou. Richard explicou que houve contratação de pessoal e
manutenção de salas.
Sem revelar nomes, ele adiantou
que grandes eventos devem ocorrer na cidade neste ano, como shows nacionais e
internacionais, e jogos de futebol. Além disso, o diretor presidente destacou
que a Arena BSB criará um polo de entretenimento no Eixo Monumental. “Estamos
desenvolvendo um projeto que vai completar a visão de Lucio Costa”, disse.
Richard frisou que essa parte da obra deve ser entregue em 2022, com cinemas e
30 restaurantes. “Vamos gerar mais de 4 mil empregos.”
Outros projetos: Ibaneis mencionou outros projetos
capazes de movimentar a cidade. Segundo o governador, a reabertura do Autódromo
Internacional de Brasília será o “próximo passo”. “A licitação que estava em
andamento foi cancelada. Vamos executar o processo por meio de obra direta. Com
isso, teremos uma concessão que será muito melhor ao Estado. Não temos a
vontade nem o interesse de gerir o espaço”, destacou.
O chefe do Buriti ressaltou que
aguardará até a próxima semana para que o projeto da pista do autódromo fique
pronto. “Aprovado, vamos iniciar a licitação imediatamente. As obras devem
começar até junho, e a previsão de término é até o fim do ano”, garantiu. O
governador informou que o tipo de modalidade que será desenvolvido no espaço
ficará a cargo da empresa responsável pela concessão.
Além do autódromo, Ibaneis revelou
que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promove um
estudo sobre todos os “equipamentos públicos” da capital. De acordo com ele, a
primeira a receber algum tipo de intervenção será a Praça dos Três Poderes.
“Essa obra será feita em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a
Novacap. Será um reparo emergencial, que deverá ser entregue até 21 de abril”,
comentou.
(*) Walder Galvão – Fotos: Narcelo
Ferreira/CB/D.A.Press – Blog/Google – Correio Braziliense
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Cinco milhões e cinquenta mil anuais pela ocupação. Sim. Começando a pagar após o sexto ano de ocupação. Se der errado eles pagam quanto? Ou só devolvem, ficando com o que arrecadaram nesse período? Só estou vendo as letras graúdas dessa transação. As miudas serão divulgadas somente depois dos seis anos. "É isso seu governador?" Depois se a justiça tiver que agir, não acharemos culpados. Deus queira que dê tudo certo.
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