GDF
e Aneel assinam acordo para a Avenida das Cidades. Termo de cooperação dará
andamento ao projeto de via que vai unir as cidades da região Sul ao Plano
Piloto
A avenida que vai unir as cidades
da região Sul (Samambaia, Taguatinga, Águas Claras, Park Way e Guará) ao Plano
Piloto terá extensão de 26 km
O Governo do Distrito Federal, por meio da
Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) e da Companhia Imobiliária de Brasília
(Terracap), assina nesta quarta-feira (19) termo de cooperação com a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que autoriza Furnas a fazer intervenções
em instalações de transmissão. A cooperação vai atender ao projeto Avenida das
Cidades e visa o enterramento de 16 km de cabo de alta tensão.
“A Avenida das Cidades é um projeto antigo que já
foi promessa de campanha de vários candidatos ao governo do Distrito Federal
nos últimos 20 anos. A pista de ligação entre Samambaia e o Plano Piloto é considerada
como a maior obra viária da história de nossa cidade e virou uma das
prioridades do Governo Ibaneis Rocha”, explica o secretário de Projetos
Especiais, Everardo Gueiros. “A Aneel contribui com o desenvolvimento do
DF, e essa autorização viabiliza a continuidade desse importante projeto”,
afirma o presidente da Terracap, Izídio Santos Junior.
A avenida que vai unir as cidades da região Sul
(Samambaia, Taguatinga, Águas Claras, Park Way e Guará) ao Plano Piloto terá
extensão de 26 km.
A obra deve começar em 2022 com o enterramento e também
remanejamento das linhas aéreas de alta tensão que estão no trajeto da via. O
valor estimado do investimento é de R$ 2,9 bilhões, desse valor R$ 1 bilhão é
para o enterramento.
Além da melhoria da infraestrutura de transporte,
da integração das cidades e da conexão com o sistema viário existente, o
complexo urbanístico vai contribuir para a geração de novos centros de
negócios, lazer e habitação. “Vamos obter um sentido de contra fluxo em direção
a novos eixos, descentralizando a oferta de trabalho e emprego, que hoje é
concentrada no Plano Piloto”, esclarece Gueiros.
A obra terá duração de 8 anos e deverá gerar mais
de 20 mil empregos diretos no período de construção. E, depois de pronta, mais
de 80 mil empregos diretos devem ser criados. De acordo com o secretário
Everardo Gueiros, além de valorizar toda a região sul do DF, o projeto vai
valorizar também os imóveis adjacentes à avenida, dando mais qualidade de vida
a população.
“Essa via vai privilegiar muito mais a convivência
das pessoas, com ciclovias, calçadões, jardins, praças, parques. É uma via
muito mais para unir as cidades que hoje estão segregadas e divididas”, pontua
o secretário.
Etapas do projeto: O projeto da Avenida das Cidades
está em fase de análise final dos estudos e após aprovação do Conselho Gestor
de Parcerias Público-Privadas, presidido pelo governador, será encaminhado para
análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Depois serão feitas
consulta e audiência pública.
A licitação, por meio de Parceria Público-Privada
(PPP), será conduzida pela Sepe e Terracap. O edital deve ser publicado em
meados do 2° semestre de 2020. A empresa ou consórcio vencedor terá 1 ano para
apresentar o Projeto Executivo, obter as licenças ambientais e ter o projeto
aprovado no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal
(Conplan).
Após todas essas etapas, as obras terão início no
final de 2022.
Contrapartida: As terras adjacentes à Avenida da
Cidades serão concedidas pelo GDF para o setor privado que, por sua vez, será
responsável por toda construção da infraestrutura e manutenção da via por um
período de 25 anos. Após esse período, a área retornará para a administração
pública.
“Hoje essas áreas não têm valor econômico, porque
não podem ser utilizadas. Com o projeto, haverá uma supervalorização dos
terrenos. A iniciativa privada custeia essas obras, custeia a manutenção e se
ressarce desses investimentos a partir da venda dos imóveis ao longo da via.
Então, é impensável até você fazer uma obra de R$ 3 bilhões que vai beneficiar
a população, sem que não haja um investimento direto do governo”, explica
Everardo Gueiros.
Agência Brasília
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