Extra! Extra!
O Ministro da Saúde Nelson Teich é a primeira autoridade
pública a contestar, elegantemente, o alarmismo lucrativo da esquerda festiva
em rede nacional...
Por Victor Dornas
A demissão de Henrique Mandetta em pleno surto pandêmico
meramente motivada por questões políticas para logo depois dar a secretaria de
vigilância e saúde a Valdemar Costa Neto não pegou nada bem para o governo
federal.
A nomeação de Nelson Teich, renomado oncologista com carisma político de uma porta, no entanto, gostando-se ou não, é indubitavelmente técnica.
E as inúmeras matérias publicadas que zombavam da aparência do novo ministro, comparado-o, por exemplo, com uma simpatia de diabo, ao cantor Mick Jagger disfarçavam um pouco do óbvio.
A nomeação de Nelson Teich, renomado oncologista com carisma político de uma porta, no entanto, gostando-se ou não, é indubitavelmente técnica.
E as inúmeras matérias publicadas que zombavam da aparência do novo ministro, comparado-o, por exemplo, com uma simpatia de diabo, ao cantor Mick Jagger disfarçavam um pouco do óbvio.
Nunca um ministro da saúde foi tão visado e pressionado como Teich.
Em seus primeiros pronunciamentos, portanto, rigor máximo!!
A postos examinadores!!!
A imprensa não era mais só a imprensa e sim examinadores do
curso de admissão final do ITA. Qualquer descuido, pimba! A politização da pandemia
não é prerrogativa apenas do chefe do Executivo com seus jargões infelizes. Conforme
citei em meu artigo, o cientificismo também mata. O cientificismo é a inversão
da investigação científica. É quando se concluí primeiro e se investiga depois,
por motivos incontáveis, porém todos eles não científicos.
E ultimamente o cientificismo vulgar no Brasil tem sido de
esquerda...
O alarde desmedido, não contraditado devidamente, fez com que
o governo como um todo (e não o governo federal em si) adotasse a postura
equivocada de interpretar um país com dimensões continentais como uma coisa só,
ignorando que a prévia circulação do vírus define muito mais o caráter disseminador
do que o próprio isolamento. Isso fez com que regiões que não tiveram grande
circulação do vírus fossem indevidamente afetadas. Um dos motes disso foi a
divulgação alarmista via Youtube de que se o Brasil fizesse o melhor isolamento
do mundo, coisa que nós já sabíamos que não aconteceria, dadas as circunstâncias
desfavoráveis de nossa economia, que morreriam 44 mil pessoas até agosto.
A
pessoa que disse isso gozava de autoridade acadêmica pois tem doutorado, porém
não foi contraditado. Foi levado à mídia, por questões estritamente políticas, para
falar sem ser contestado. No estudo apresentado pelo rapaz, caso pouco fosse
feito, aí seriam 1 milhão de óbitos! Aí pronto...
O país campeão de consulta com o Dr. Rivotril foi aos
prantos.
Mas peraí! Disse ontem o ministro Nelson Teich. De 44 mil
para 1 milhão?!!
Onde está a inferência nesse tipo de dado? A gripe espanhola, a
quinta maior peste da história da humanidade, matou 35 mil brasileiros oficialmente.
Como pode essa covid ser, na melhor das hipóteses, uma gripe espanhola? Teich
fez diferente de Bolsonaro. Discordou com sustentação adequada. Mas essa
réplica veio tarde e mesmo que o alarde sirva para estimular as pessoas a
ficarem em casa em regiões mais afetadas, ele traz consigo uma série de
problemas de ordem social. O biólogo com doutorado não entende nada de
psicologia ou de políticas públicas. Ele não quer saber o quanto pesa uma projeção
irresponsável como essa. Assim, sendo, caríssimos, o Mick Jagger começou bem
pois fez aquilo que ninguém fez. Ninguém contesta o biólogo por apadrinhamento
político do cientificismo vulgar de ocasião, não refutado, não contraditado e
bastante lucrativo. O rapaz hoje é colunista da Folha de São Paulo, veículo que
notoriamente persegue o governo. Adivinhem o que essa mídia disse a respeito do pronunciamento
do ministro? Claro, que ele não disse coisa com coisa...
Que foi uma oratória confusa.
Mas em nenhum momento se vê quaisquer destes jornalistas dizerem que ele foi o único
a contestar o cientificismo de ocasião que tem sido a base do pobre debate político
brasileiro a respeito dos impactos econômicos da pandemia.
Portanto, caro leitor, na visão deste humilde articulista que
preza por imparcialidade, o placar do jogo é diferente daquele que tem sido divulgado.
Segue o placar: Teich 1 x 0 Mídia aversiva do governo.
Victor Dornas – Colunista do Blog do Chiquinho Dornas
Ilustração: google