Primeiras-damas
se destacam nas gestões de governadores do DF
Reza a
cartilha política que marido e mulher não se nomeia em cargo público porque é
quase impossível demitir. Mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) não ligou para
isso. Designou ontem a primeira-dama, Mayara Noronha, para comandar como
secretária de Estado a área social. A advogada, mãe do caçula de Ibaneis,
Mateus, de um ano e meio, vai coordenar um setor fundamental nesses tempos de
pandemia de coronavírus. A escolha foi uma sinalização de Ibaneis de que quer
total controle dos programas sociais. Para isso, tirou da função um indicação
da deputada Flávia Arruda (PL-DF).
Companheira
de uma vida: Impossível pensar em Joaquim Roriz sem se lembrar da esposa,
Weslian, que o acompanhou até morte por 60 anos. Ela era uma primeira-dama
carismática, muito religiosa e chegou a substituir o marido nas eleições ao
Palácio do Buriti em 2010. Não era seu perfil. Mesmo assim, ela foi para o
segundo turno com Agnelo Queiroz (PT).
De esposa
a brilho próprio: Na gestão de José Roberto Arruda, Flávia Arruda também
desempenhava um papel na área social. Antes da Operação Caixa de Pandora,
quando a gestão acabou, ela assumira um programa na Band sobre projetos
sociais. Chegou a concorrer a vice na chapa de Jofran Frejat em 2014. Na última
eleição, foi a deputada federal mais votada do DF.
Empresária
na área social: De socialite e empresária, Karina Cury virou primeira-dama de
uma hora para a outra, quando Rogério Rosso foi eleito para o mandato-tampão na
Câmara Legislativa. No poder, fazia indicações e tinha uma participação na área
social. Chegou a pensar em concorrer a cargo eletivo, mas desistiu e foi
indicada por Rosso para integrar como vice a chapa de Rollemberg. Não deu
certo. Depois assumiu uma função da administração do socialista, antes de
romper com o então governador.
Atendimento
para mulheres: A médica Ilza Queiroz exerceu com discrição e sem ostentação o
papel de primeira-dama. Como é da área de saúde, esse era seu principal foco.
Um dos projetos que a ginecologista, obstetra e acupunturista acompanhava era a
Carreta da Mulher, que fazia atendimentos ginecológicos ou outras consultas e
exames voltados para a mulher.
De olho
na saúde e cultura: Mulher de Rodrigo Rollemberg há 40 anos, Márcia sempre
exerceu influência no trabalho do marido. Com a personalidade e opiniões
fortes, ela acompanhava bastante as áreas de saúde, cultura e social.
Rollemberg chegou a discutir na transição nomeá-la para um cargo no governo,
mas teve receio da repercussão negativa.
Troca de
elogios: O ministro Gilmar fez um elogio nas redes sociais à condução das
medidas no DF para conter a disseminação do novo coronavírus. “Governadores
como @IbaneisOficial têm dado notáveis exemplos de eficiência na gestão da
crise da #COVID19. O DF largou na frente na adoção de medidas de isolamento,
como a antecipação das férias escolares e a suspensão de eventos públicos.
Devemos congratular essas iniciativas”, escreveu. Ibaneis retribuiu. “Ele é do
bem”, disse o governador à coluna.
Ana Maria
Campos - Fotos: Barbara Cabral - Minervino Júnior - Vinícius Cardoso Vieira -
Edy Amaro/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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