Cara nova
para a Galeria dos Estados. Área externa tem 98% dos trabalhos concluídos, com
criação de uma nova praça. Nas instalações internas, obras também
avançam. Novos jardins, na área externa, já estão quase todos concluídos
No coração de Brasília, a Galeria dos Estados toma
nova forma. Três anos depois de um bloco de concreto do Eixo Rodoviário Sul
desabar sobre a passagem subterrânea, as obras de reconstrução estão perto do
fim. Do lado de fora, a urbanização foi restaurada e uma praça dá nova cara e
experiência a quem passa por ali: 98% das ações já foram executadas. Dentro, as
melhorias chegam a 70%.
As obras são executadas pela Companhia Urbanizadora
da Nova Capital (Novacap). Diretor de Urbanização da estatal, Sérgio Antunes
Lemos conta que a fase é de acabamento e limpeza na parte externa da galeria.
“Foram instalados oito mil metros de calçadas e meios-fios, plantados 7,1 mil
metros quadrados de grama e construídos mais 16 bocas de lobo para dar melhor
condição de drenagem”, elenca.
Toda a pavimentação das alças de acesso foi
recapeada. Na Praça dos Estados, o verde tomou conta, com plantio de 64
palmeiras e 18 ipês coloridos, além das lâmpadas de LED que, instaladas pela
Companhia Energética de Brasília (CEB), garantem a iluminação em toda a área.
Área interna: Já a reforma da passagem
subterrânea, iniciada em fevereiro de 2019, tem 70% dos serviços realizados. Na
segunda-feira (11), foi interditada a última parte da obra, que precisa de
intervenção. São executados trabalhos de recuperação, manutenção coletiva e
revitalização dos viadutos sobre a galeria, incluindo estrutura,
impermeabilização, instalações e acessibilidade.
Na área interna da galeria, obras
chegam a 70% de conclusão. Piso de granito já foi instalado na maior parte
Além da reconstrução de lojas, a galeria ganha
pisos de granito, revestimentos nas paredes e tetos, cabeamento para internet,
banheiros públicos, circuito interno de segurança, iluminação de LED,
impermeabilização do teto, acabamento e esquadrias.
“Estamos vivendo um momento único com o
coronavírus, que fez com que o número de empregados fosse reduzido por serem do
grupo de risco”, explica Sérgio Antunes. “A vida humana deve ser valorizada,
por isso o andamento da obra é mais lento”.
Renascimento: Para chegar ao trabalho, a
recepcionista Márcia Teixeira, 42 anos, precisa utilizar a passagem subterrânea
que une o Setor Comercial Sul (SCS) ao Setor Bancário Sul (SBS). Pela própria
rotina, que já dura cinco anos, ela viu de perto o desabamento de um bloco de
concreto que destruiu parte da galeria, e acompanha a renovação daquele lugar
dia após dia.
“Acho que é como se fosse um renascimento”, define.
“Depois de ver tudo destruído, é muito bom ver sendo arrumado, com praça, com
piso novo. Está ficando bonito”, diz a moradora de Ceilândia. Márcia valoriza o
investimento na área e espera zelo de quem passa por ali. “Apesar de tudo, já
temos um lugar melhor do que era antes. Está mais iluminado, arborizado,
cuidado”, aponta.
“Brasília é patrimônio histórico”, lembra o diretor
de Urbanização da Novacap. “Por mais que seja uma cidade nova, temos que
cuidar. Vamos deixar para as próximas gerações um legado positivo, um espaço
que pode ser usado para lazer no coração da capital de todos os brasileiros”.
Assim como Márcia Teixeira, ele espera que o público usuário ajuda na
conservação. “Quem ama, cuida”, destaca.
“Brasília é patrimônio histórico. Vamos deixar para
as próximas gerações um legado positivo, um espaço que pode ser usado para
lazer no coração da capital de todos os brasileiros”Sérgio Antunes, diretor de
Urbanização da Novacap
Relembre o caso: O trecho do Eixo Rodoviário
Sul que ficou interditado por 16 meses após a queda do viaduto sobre a Galeria
dos Estados foi liberado em junho de 2019. A atual gestão recebeu a obra
com 24% de execução e trabalhou para dar agilidade aos trabalhos. Profissionais
trabalharam em dois turnos, com 138 operários e investimento de R$ 12 milhões.
O incidente aconteceu em 6 de fevereiro de 2017,
quando um bloco de concreto com 300 metros quadrados e 45 toneladas desabou do
Eixão, comprometendo duas das três faixas da rodovia. Parte da passagem
subterrânea que une o SCS ao SBS foi destruída. Três carros foram seriamente
danificados, mas ninguém se feriu.
Galeria de Fotos: ( https://bit.ly/35Sxx6U )
Jéssica Antunes - Fotos: Acácio Pinheiro - Agência Brasília
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BRASÍLIA 60 ANOS