Setur-DF reúne
setor gastronômico para criar soluções integradas. Grupo de Trabalho reúne
universidade, governo, empresas e sociedade para pensar ações conjuntas para
setor produtivo da gastronomia
A Secretaria
de Turismo do DF reuniu representantes de 15 empresas, instituições de ensino,
entidades do trade turístico e órgãos governamentais para debater sobre a atual
crise, que afeta diretamente o setor turístico em todo o país. O encontro foi
realizado por meio de videoconferência e teve como objetivo buscar soluções de
curto, médio e longo prazo para a retomada econômica de bares, restaurantes e
similares, por meio da integração de todos os segmentos que envolvem a área
gastronômica, um dos principais eixos do desenvolvimento econômico do
turismo.
Pela
iniciativa privada, participaram representantes de grandes empresas do ramo
alimentício e aplicativos de entrega (delivery): AMBEV, Brasal Refrigerantes,
Coca Cola Company, BRF (Sadia e Perdigão, entre outros), Ifood, Uber Eats e
Rappi. Da área acadêmica, estiveram presentes membros do Centro de Ensino
Superior de Brasília (IESB), do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e do
Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB). Participaram
ainda as representantes do Sindhobar, Fecomércio-DF, Abrasel, Associação
Comercial do DF (ACDF) e Senac, além dos chefs de cozinha Ana Paula Jacques e
Vinícius Rossignoli.
As
instituições compartilharam as medidas adotadas para o enfrentamento da crise e
a retomada do turismo pós-pandemia, entre elas a adequação de modelos de
negócios, manutenção de empregos, negócios e receita.
A ação é um
desdobramento do movimento “Juntos por Brasília, Juntos pelo Turismo”, lançado
no dia 17 de abril pela Setur-DF em parceria com 19 entidades que compõem o
Condetur (Conselho de Desenvolvimento do Turismo do DF). O movimento foi estruturado
de forma a promover a união e a colaboração entre o setor. Após o lançamento da
campanha, foram criados Grupos de Trabalho (GTs) temáticos para o
desenvolvimento de um plano de ações para acelerar a retomada do turismo no
DF.
A secretária
de Turismo, Vanessa Mendonça, falou sobre o eixo de atuação da Setur. “Nossos
três pilares são a estruturação, qualificação e promoção do turismo dentro dos
52 segmentos que envolvem o setor. Essa estratégia de união beneficia a todos,
tanto empresários e a população, quanto o próprio governo, que reverte essa
arrecadação na prestação do serviço público. A iniciativa, de forma integrada,
funciona para salvar empregos, manter negócios e preservar nossas conquistas,
já que Brasília é o 3º maior polo gastronômico do país, além de nos preparar
para a retomada pós-pandemia, disse.
O
gerente-executivo nacional de Food Service da BRF, Rafael Tinti, apresentou
algumas ações que fazem parte do plano de contingência da empresa, que inclui
um projeto piloto para o setor varejo que deverá ser implementado em Brasília
para ajudar os estabelecimentos que têm a BRF como fornecedor. “Nossas medidas
são para ajudar a reduzir o impacto de maneira geral para os estabelecimentos.
Estamos com projetos de consultoria gastronômica, geolocalização de padarias
para direcionar o consumidor, mapeamento de estabelecimentos de delivery,
reformulação de cardápios, entre outros”, explicou Tinti.
Para a
secretária, o futuro do setor é uma oportunidade para o empreendedor local.
“Todos as análises feitas até o momento apontam para uma retomada do turismo
interno. Então é o empreendedor local, o comerciante local, o ponto turístico
mais próximo ou mesmo dentro da cidade que vai ser o foco do nosso setor”,
avaliou.
Os aplicativos
de entrega delivery estão com uma séria de medidas especiais para dar
visibilidade aos pequenos estabelecimentos, informar o consumidor sobre as
novas práticas adotadas pelos restaurantes e bares e mesmo zerar as taxas de
entrega para os entregadores, por exemplo. A head de políticas públicas da
Uber, Gabriela Barbosa, afirmou que a empresa está reavaliando suas práticas
periodicamente. “Queremos oferecer as melhores condições e por isso estamos
pensando junto com todos do setor de gastronomia sobre as melhores formas de
enfrentar a crise”, informou.
O diretor
regional da Rappi, Marcelo Hamú, ressaltou a importância de que as empresas
aproveitem o peso de suas marcas para fazer negociações que beneficiem a todos.
“Tive aqui uma drata surpresa de ver a atuação de todas as empresas seguindo na
linha de apoiar os locais, pensando em todos os aspectos, e não apenas no que é
diretamente ligado ao seu negócio”, avaliou.
A chef de
cozinha e professora do IFB, Ana Paula Jacques, falou sobre um projeto, em
parceria com a Abrasel/DF, de certificação dos estabelecimentos do setor de
alimentação fora do lar. “Desenvolvemos um modelo de certificação a partir de
um programa de qualificação voltado para as boas práticas”. A secretária
destacou a relevância desse tipo de ação. “Precisamos elencar ações que
apresentem a capital como destino turístico seguro, como uma cidade que oferece
segurança nos seus restaurantes, bares, estabelecimentos e pontos turísticos”,
disse Vanessa.
Os
coordenadores dos cursos de gastronomia do IESB e UniCeub se colocaram à
disposição de todo o setor para contribuir. “Todos nós precisamos adquirir
conhecimento das tecnologias em um curtíssimo espaço de tempo, para que o
comercio consiga avançar. Estamos atrás de soluções técnicas para atender a
essas mudanças rápidas que temos no mercado, e vamos contar com o apoio das
instituições de ensino nesse sentido”, completou a secretária Vanessa
Mendonça.
O presidente
do Sindhobar, Jael Silva, destacou a união do setor. “A reunião foi de muita
união, com todos querendo participar, uma ação totalmente solidária. Temos que
saber tirar dessa situação o melhor para uma gastronomia de qualidade e
segurança para nós do DF”, avaliou.
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