Parques serão monitorados. Celina Leão: "Quando falamos em esporte e
lazer, estamos falando de saúde"
Após a publicação
do decreto que autoriza a liberação dos parques do Distrito Federal, a
Secretaria de Esportes e Lazer do DF prepara protocolos de segurança para
evitar o avanço do novo coronavírus nesses locais. Depois de mais de 70 dias
fechados, a determinação, assinada em 30 de maio pelo governador Ibaneis Rocha
(MDB), libera o funcionamento dos parques para esta quarta-feira.
Em entrevista ao
CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília —, a secretária de Esportes e
Lazer do DF, Celina Leão, detalhou, ontem, como será a reabertura dos parques.
Voluntários e profissionais de educação física serão treinados para auxiliar na
fiscalização. Por outro lado, as academias, seguem fechadas e sem previsão para
a retomada das atividades.
Neste fim de
semana, o governador Ibaneis Rocha autorizou decreto que libera o funcionamento
dos parques a partir de quarta-feira (amanhã). É o momento para essa liberação
mesmo com o aumento de casos da doença? Como vai funcionar? É
importante colocar que essa decisão foi tomada no sábado. Havia uma conversa
prévia há duas semanas sobre isso. Nós não vamos abrir os parques de qualquer
forma. Vamos abri-los seguindo protocolos. Estamos com um cadastro aberto de
voluntários, onde iremos treiná-los e, a partir de quarta-feira, eles e
profissionais de educação física nos ajudarão a retomar essas atividades. É bom
lembrar que não serão todas as áreas do parque abertas. As de uso coletivo, as
quadras de vôlei, onde envolve muito contato, ficarão isoladas.
A ideia, então, é
que as pessoas usem os parques apenas para fazer atividades físicas? Não tem
nada de socialização, certo? Não é o momento
(de socialização). Os dados que temos é de que 700 mil pessoas praticavam
exercício todos os dias. Com os 60 dias da pandemia, de tudo interditado, essas
pessoas estão passando por um momento em que não estão tão saudáveis. A nossa
preocupação é nós termos daqui a 15, 20 dias, pessoas que estão no grupo de
risco, com obesidade e comorbidades.
Como será a
fiscalização nos parques? Estamos treinando
esses voluntários que vão nos ajudar. Fiz um apelo à Secretaria de Segurança
Pública para nos auxiliar. Mas a ideia é de que o próprio segmento nos ajude. O
pedido mais importante é para a população, que precisa ser consciente. Cada um
tem de fazer a sua parte. Se você ver que tem muita gente, vá para outra pista.
Temos 19 parques que serão abertos, então é muito trabalho e responsabilidade.
Nas últimas
semanas, também foi publicado um decreto que incluiu os profissionais de
educação física na área de saúde. Qual a importância dessa mudança? Acho
que isso é uma mudança que não fica somente no momento na pandemia. É uma conquista
da categoria. Quando falamos em esporte e lazer, estamos falando de saúde.
Infelizmente, nosso país não tem o olhar que deveria ter sobre prevenção. Uma
pessoa que pratica esporte tem necessidade menor de utilizar a rede pública de
saúde, de consumir remédios. Tem muitos problemas de doenças crônicas, como
obesidade, diabetes e hipertensão, que são facilmente controlados pela
atividade física.
Como está a
discussão em relação à reabertura das academias?Disponibilizamos
ao governo um protocolo, que foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade
de São Paulo (USP) dando a garantia para que a pessoa, no momento que fosse
acessar a academia, tivesse o mínimo de segurança. Então, terá o uso reduzido
de 30% da capacidade da academia, tem uma demarcação no chão dos aparelhos,
álcool em gel na entrada, medição de temperatura e o fechamento de 3h em 3h
para limpeza. Esse estudo afirma que, se você usar todos os protocolos, a
possibilidade de infecção é menor do que ir ao supermercado. A ideia é que a
pessoa saudável, que não tem idoso em casa, retorne aos treinos. Fizemos uma
readaptação nesse protocolo, proibindo que o público acima de 60 anos acessem a
academia.
Mas há uma data
definida para o retorno das academias? Tínhamos
em uma conversa inicial com o governador definindo que a reabertura dos parques
seria o primeiro ato nosso. Teremos uma reunião com o conselho que está no
combate à covid-19, para vermos como está a curva e tomarmos uma decisão. Mas
não é uma decisão que será tomada de qualquer forma. Nós vamos treinar e
capacitar os 1,5 mil proprietários de academia. Ninguém vai poder reabrir o
estabelecimento, se não tiver passado pelo treinamento. Vamos disponibilizar
essa capacitação via on-line. (Vídeos (02) , entrevista completa)
Parques liberados
· 1.
Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek
· 2.
Parque Ecológico do Paranoá
· 3.
Parque Recreativo do Gama (Prainha)
· 4.
Parque Ecológico do Gama
· 5.
Parque Ecológico Sucupira (Planaltina)
· 6.
Parque Ecológico do Lago Norte
· 7.
Parque Ecológico da Asa Sul
· 8.
Parque Ecológico Olhos D’água
· 9.
Parque Ecológico Ezequias Heringer (Guará)
· 10.
Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul)
· 11.
Parque Ecológico de Águas Claras
· 12.
Parque Ecológico do Riacho Fundo
· 13.
Parque Ecológico do Areal (Arniqueiras)
· 14.
Parque Ecológico Veredinha (Brazlândia)
· 15.
Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga)
· 16.
Parque Ecológico 3 Meninas (Samambaia)
· 17.
Parque Ecológico do Tororó
· 18.
Parque Ecológico das Copaíbas (Lago Sul)
· 19.
Parque Nacional de Brasília
Por Darcianne Diogo - Foto: Ana Dubeux/CB/D.A.Press -
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