Um complexo moderno e criativo é
inaugurado na W3 Sul. O projeto de revitalização da área faz parte do
programa "Adote Uma Praça"
Começou a funcionar nesta semana um
espaço inovador na 506 Sul. A revitalização da passagem que fica entre os
blocos do comércio na avenida W3 é um projeto do Adote Uma Praça, coordenado
pela secretaria de Projetos Especiais (Sepe).
Empresários da região se reuniram e
decidiram mudar a cara do local, que se transformou em uma praça, um
experimento social. “A W3, que já foi considerada a mais importante avenida
comercial de Brasília, começou a atrair novamente novos investimentos e o Adote
Uma Praça é um programa que estimula empresários e cidadãos a melhorarem a
cidade”, explicou o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros.
Para o secretário, essa iniciativa
vem se juntar a outras que começam a transformar as quadras da W3 Sul numa
grande oportunidade de negócios.
Vendo essa oportunidade, um dos
idealizadores do Projeto, Miguel Galvão, apresentou a proposta à Sepe que a
enquadrou ao programa Adote Uma Praça. “Nós visualizamos aquela área como uma
praça, que queremos batizar de Praça das Avós, já que Brasília com os 60 anos
de idade é agora uma jovem avó”, esclareceu Galvão que já começou os trâmites
para conseguir colocar esse nome no local.
Segundo a administradora do Plano
Piloto, Ilka Teodoro, o beco da 506 Sul estava completamente degradado e o
Adote Uma Praça permitiu a requalificação dessa área pública. “Esse programa é
um gol de placa do GDF. Agora aquela região está super agradável, acessível e
disponível para a comunidade”, pontuou.
São atendidas no projeto, as diretrizes
contidas no Programa de Revitalização da via W3 Sul, no que se refere à
melhoria das condições de circulação de pedestres e à qualificação dos espaços
públicos do setor.
Para a Secretária Executiva da
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Seduh), Giselle Moll, “A
revitalização da Avenida W3 vai além das obras, é uma questão de gestão, de
incentivo e de mudança de cultura. É preciso pensar e incentivar novas
atividades para os locais, e esse tipo de iniciativa certamente é muito bem-vinda”,
complementou.
A Seduh, responsável pelo
planejamento urbano do Distrito Federal, é quem aprova os projetos
arquitetônicos e urbanístico dos empreendimentos.
A obra de revitalização do espaço na
506 Sul contou com a substituição do piso de concreto; construção de rampa de
acessibilidade com acesso pela W2; pintura da banca de revista que já existia
no local; colocação de tablado fixo; criação de mobiliário urbano como
cinzeiros, bebedouros, bancos, bicicletário, mesas de xadrez; e iluminação adicional.
Todo o complexo, que fica no bloco ao
lado do beco, tem 400 m2 onde vão funcionar quatro lojas de alimentação, quatro
de moda e design de móveis, dois estúdios de tatuagem, oito escritórios, uma
mercearia colaborativa com 18 empreendedores itinerantes e mais 36 nichos
colaborativos.
No beco, que foi revitalizado pelo
Adote Uma Praça, funciona a parte de alimentação. São dois restaurantes, um
café e uma pizzaria. Neste momento de distanciamento social, a parte de
restaurantes está atendendo apenas no balcão ou no sistema de delivery. O uso
de máscaras é obrigatório, para quem for retirar os alimentos no local.
“São mais de 100 famílias envolvidas
nesse projeto. Temos visto empresários que gasta 2 milhões de reais em obra e
não trocam a calçada em frente, porque acham que o governo tem que fazer tudo”,
ponderou o empresário.
De acordo com Galvão o momento social
brasileiro é outro, onde todos são responsáveis também pela cidade. “O Estado
desburocratizando, o agente privado tem a garantia de fazer uma coisa completa,
bem feita e na legalidade”, completou.
Adote Uma Praça: Desde que foi
criado, em 2019, o Adote Uma Praça já recebeu 57 pedidos de adoção, desses já
foram finalizados e estão em funcionamento 10 projetos. E são 15 regiões
administrativas com obras em andamento dentro do programa.
“Acredito que esse programa veio para
mostrar que Brasília deixou de ser aquela capital do não pode para se
transformar na cidade do ‘do que podemos fazer’”, defendeu o empresário Miguel
Galvão que revelou também que novas atividades para a W3 Sul estão sendo
estudadas e que em breve o corredor entre a 504 e a 508 vai se transformar num
eixo cultural.
Fotos: Luara Baggi - Blog~Google