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Ação deletéria política sobre as cidades


Ação deletéria política sobre as cidades

*Por Circe Cunha e Mamfil

Um dos graves problemas a afligir a qualidade de vida dos habitantes, na maioria de nossas cidades e na capital do país, reside na imiscuição indevida e, muitas vezes, criminosa de agentes políticos e sem a qualificação técnica devida, no que as urbes têm de mais precioso e vital para todos: seu traçado urbano e arquitetônico.

Esse descaminho e a desconfiguração da grande maioria de nossas capitais em seus planos urbanísticos originais transformaram-se num modelo de gestão desastroso e muito comum em todo o Brasil. Nesse rol sem fim de “construtores” estão incluídos governadores, prefeitos, deputados, vereadores e outros próceres políticos, todos envolvidos no afã de transformar a cidade num grande canteiro de obras.

O que tem ocorrido em muitos desses casos é que esses agentes, movidos, muitas vezes, por interesses espúrios e em conluio com as grandes empreiteiras, transformam as cidades em enormes e eternos canteiros de obras. Mudam traçados de ruas, avenidas, promovem demolição, constroem viadutos e outras obras de remodelação, que, aos poucos, vão descaracterizando o conjunto urbano dessas cidades, criando puxadinhos e outros monstros em concreto armado, a infernizar e a encarecer a vida dos cidadãos.

Ao contrário do que aconteceu em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que sofreram intervenções profundas e lógicas em seus traçados arquitetônicos e urbanísticos, no começo do século 20, a maioria das obras e das mudanças urbanísticas feitas em nossas cidades parece obedecer apenas a prática marota de abrir espaços para o lucro de empreiteiros e de políticos. O problema é que os efeitos nefastos de todo esse empreendedorismo construtor recai sobre os ombros dos pagadores de impostos.

O ideal, num mundo ideal, se é que isso seja possível, seria que políticos e administradores que agem sob o impulso de partidos e ideologias, seja dentro de palácios, seja dentro de câmaras estaduais, fossem impedidos, por lei, de promover alterações urbanas e arquitetônicas de qualquer natureza e espécie, deixando esse ofício apenas para equipes devidamente qualificadas e tecnicamente preparadas.

Em Brasília, bastariam alguns exemplos cometidos por nossas autoridades administrativas nas últimas três décadas para dar um panorama dos malefícios que a intromissão política indevida gera para a vida da cidade e de seus habitantes. O Estádio de Futebol Mané Garrincha é, talvez, o mais vistoso trambolho deixado por esses construtores ladinos. Segue o Complexo Administrativo, chamado de Buritinga, outra obra desnecessária e cara. O Centro de Convenções, reformado e deformado, para se juntar a outras construções feiosas e sem proveito. Outras obras menores e, nem por isso menos importantes, como a chamada Prainha do Lago Norte, um espaço nobre entregue a meia dúzia de comerciantes, que transformaram aquele local em ponto de bebedeira, arruaças, brigas e acidentes de trânsito.

Aos pouco, graças às intervenções desastrosas de governos que vêm e vão, a cidade, tão pensada por seus idealizadores e que seria um exemplo para o restante do país, está se transformando num caos a afugentar sua própria gente.

A frase que foi pronunciada: “Se filho não precisasse de pai e mãe, nasceria numa árvore e, quando estivesse maduro, cairia.” Legado do filósofo de Mondubim
Cerrado: » José Roberto Gonçalves, gerente do Parque Ivalod Cenci, da Agro Brasília, comemora o cultivo de urucum por produtores rurais do DF. Outra planta que desperta o interesse de pesquisadores e naturalistas é a cúrcuma, ou açafrão. Sabe-se que, na dose certa, é um remédio poderoso para a imunidade.
Progresso: » André Nicola, da área de pesquisa da Faculdade de Medicina da UnB, disse que não só as pessoas, mas também as instituições se viram forçadas a trabalhar com projetos de pesquisa complexos impostos pela pandemia. Apesar de todo transtorno causado pela covid-19, os pesquisadores estão dando passos largos, o que é importante para chegar mais perto do futuro.
Diretas já: » Estamos no momento certo para tratar do voto impresso. O Brasil tem uma urna inauditável e tentam impingir dois pesos e duas medidas para a internet. “Se cala a boca já morreu, quem manda no meu voto sou eu”. É hora de providenciar novas urnas e cédulas. Sem contagem, seu voto não existe.
(*) Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha -- Charge: avozdocidadao.com.br - Charge do Jean Galvão - Charge: Bessinha – Correio Braziliense


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