De
volta: Recuperado da covid-19, o
vice-governador Paco Britto (Avante) voltou a participar ontem de atividades do
GDF. Ele esteve na inauguração da estrutura com leitos voltados para pacientes
de coronavírus acoplada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Paco foi
diagnosticado com a doença no início de junho e chegou a ser internado duas
vezes por complicações no estado de saúde. Ele recebeu alta na semana
passada. (Alexandre De Paula)
O hospital, acoplado ao HRC, veio de uma parceria privada
entre o GDF e a empresa JBS
*Por Cibele Moreira
Epicentro
no número de casos de covid-19 no Distrito Federal, Ceilândia ganha reforço na
rede hospitalar para atendimento à pacientes com o novo coronavírus. Com mais
73 leitos, a ala 2, anexada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), começou a
funcionar oficialmente ontem. A estrutura foi construída e doada pela empresa
JBS e servirá de apoio no combate à pandemia na região.
De
acordo com o governador Ibaneis Rocha (MDB), essa parceria com o setor privado
é ganho para a população de Ceilândia. “Essa doação traz um significado muito
importante. Nós nos reinventamos nessa crise para poder fazer a população
sobreviver”, afirmou. “Essa doença não escolhe nomes, desde os mais pobres até
os mais ricos, e é muito complicado tratar uma pandemia num sistema deficitário
como o que tínhamos, e tivemos que tornar num sistema eficiente num prazo de
120 dias”, pontuou.
Durante
a cerimônia, Ibaneis e o secretário de Saúde, Francisco Araújo, também
assinaram uma ordem de serviço que autoriza a construção de uma Unidade de
Atendimento Hospitalar na QNN 27, em Ceilândia.
Isolamento: A
nova estrutura acoplada ao HRC, que fica ao lado da pediatria, tem 1.015 metros
quadrados de construção. Ela contempla 70 leitos de enfermaria e outros três de
isolamento, para receber pacientes com sintomas gripais e comorbidades. As
salas voltadas aos leitos de isolamento conta com máquinas de pressão negativa,
que faz a exaustão do ar para o meio externo, reduzindo a circulação de
contaminação no ambiente interno. De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhum
hospital da rede pública tem esses equipamentos de renovação de ar.
Lucilene
Florêncio, superintendente da Região de Saúde Oeste, afirma que a inauguração
da nova ala é um momento histórico para Ceilândia. “Esses 73 leitos vão se unir
aos 317 que já existem no hospital. Nós somos a região com o maior número de
casos, são 10 mil casos aqui”, ressalta.
Segundo
o chefe da Secretaria de Saúde, Francisco Araújo, o HRC nunca teve tantos
leitos para covid-19 como atualmente. “Esse hospital acoplado vem num excelente
momento, em que nós conseguiremos fortalecer, de maneira real e transparente,
as ações do governador Ibaneis”, pontua.
Para
garantir o atendimento à população, foram contratados 148 servidores
temporários. Sendo, 18 clínicos gerais, 30 enfermeiros e 100 técnicos de
enfermagem. Toda a equipe atuará exclusivamente na nova ala. De acordo com a
superintendente Lucilene Florêncio, a transferência dos pacientes será feita de
forma gradual.
“Serão
transferidos da área de emergência os pacientes com maior estabilidade, eles
devem fazer o primeiro atendimento lá e depois serão trazidos para cá”, explica
Lucilene. A nova ala começou a receber os primeiros pacientes ainda ontem. A
previsão era, até o final do dia transferir 30 doentes para os novos leitos.
Equipamentos: A
construção do hospital acoplado ao HRC não teve custo para o GDF. A empresa JBS
arcou com a estrutura e os equipamentos da nova ala. Ao todo, a JBS, por meio
do programa Fazer o Bem Faz Bem, vai doar R$ 11 milhões para o enfrentamento ao
coronavírus no Distrito Federal, incluindo no valor a construção da unidade
anexa ao Hospital Regional de Ceilândia.
De
acordo com a superintendente da Região de Saúde Oeste, após a pandemia, o
espaço será voltado para atendimento de clínica médica, ampliando a capacidade
da unidade de saúde para atender a população de Ceilândia, Sol Nascente e Pôr
do Sol.
Cibele Moreira – Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press - Blog-Google - Correio Braziliense
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