Rapidez: O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi rápido para
oficializar as datas de abertura de atividades no DF. No início da semana, ele
autorizou os estudos e afirmou que as análises seriam concluídas na quinta. De
fato, ontem mesmo publicou no Diário Oficial as novas regras e deu um passo
concreto para que o retorno total ocorra na capital federal. Por ora, apenas
atividades com maior potencial de aglomeração, como festas, boates, cinemas e
eventos esportivos continuarão proibidas, mas já há pressão para que também
sejam liberadas.
Bancada do DF quer diálogo: A bancada do Distrito
Federal no Congresso Nacional quer ampliar o diálogo com o governador Ibaneis
Rocha (MDB) sobre as ações tomadas recentemente no combate à pandemia da
covid-19. A ideia é entender melhor qual a posição atual do governador,
sobretudo, depois das decisões dos últimos dias. Foi encaminhado pela
coordenadora da bancada, deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), um pedido para
que os parlamentares se encontrem com o chefe do Executivo local e conversem
sobre o problema.
Comissão: Parte dos parlamentares defende a necessidade de
criação de uma comissão para fiscalizar gastos e medidas do GDF durante o
período de pandemia. A ideia não é unânime, até porque também participariam da
equipe distritais e representantes de entidades. Na prática, então, o provável
é que se forme um grupo mais informal com parlamentares com posição mais
crítica ao GDF para acompanhamento.
Ibaneis
processa Sarah Winter: O governador Ibaneis Rocha (MDB)
entrou com pedido de indenização por danos morais contra Sara Giromini, uma das
líderes do grupo bolsonarista 300 do Brasil. Ela o chamou de bandido em um
vídeo publicado nas redes sociais. O emedebista pede que ela seja condenada a
pagar R$ 50 mil. A argumentação é de que a extremista extrapolou o direito de
fazer críticas e usou as plataformas digitais para ofender e agredir
verbalmente Ibaneis por meio de xingamentos e da promoção do discurso de ódio.
A ação será julgada pela 10ª Vara Cível de Brasília.
Todo
cuidado é pouco: O Ministério Público deflagrou ontem mais uma operação para
investigar gastos do DF na pandemia, desta vez com relação à compra de testes.
Pela urgência da situação, grande parte dos investimentos feitos neste momentos
segue rito menos rígido do que o normal — com contratos emergenciais e
sem licitação. A adoção desse tipo de flexibilização é vista como
justificável por especialistas em gastos públicos por causa do contexto, mas
inevitavelmente abre brechas e possibilidades para fraudes. Por isso, a atenção
e o cuidado têm de ser redobrados.
Sempre lembrado, nunca escolhido: Toda vez que um
comandante da educação cai ou balança na Esplanada dos Ministérios, o senador
Izalci Lucas (PSDB-DF) é lembrado. Até agora, no entanto, ficou sempre de fora
das escolhas finais. O político do DF até tem boa relação com o presidente Jair
Bolsonaro, mas o fato de ser tucano pesa porque, caso fosse escolhido, muito
provavelmente enfrentaria resistência forte dos radicais da chamada ala
ideológica do governo, que veem o PSDB (que abriga o governador de São Paulo,
João Dória) como uma legenda inimiga.
Integrante da Comissão: Externa
de Acompanhamento do Ministério da Educação, o deputado federal Israel Batista (PV-DF)
avalia o momento atual como crítico. Depois das inúmeras polêmicas envolvendo o
ex-ministro Abraham Weintraub, a escolha de Carlos Alberto Decotelli trouxe
boas expectativas, que duraram muito pouco. “O MEC está completamente à deriva.
Houve lufada de esperança com indicação do Decotelli, porque ele tinha um
perfil de mais diálogo. Porém, em pouco tempo ele perdeu condição de ficar. A
crise do currículo complicou muito porque ele comandaria as universidades
federais e um ministro da Educação precisa ser exemplar”, avaliou. O mais
cotado para o cargo agora é o atual reitor do Instituto de Tecnologia de
Aeronáutica (ITA), Anderson Correa.
Alexandre De Paula – Coluna “Eixo Capital” - Fotos: Minervino JúniorCB/D.A.Press - Tailana Galvão/CB/D.A.Press - Blog/Google - Correio Braziliense
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