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Faleceu Marcelo Ramos, radialista, 67 anos. (Repórter, ‘narrador do povão’)


Marcelo Ramos, radialista, 67 anos. O radialista Marcelo Ramos era natural de Bom Sucesso (MG)

‘Repórter do povão’ e ‘narrador do povão’ — assim era conhecido Marcelo Ramos, 67 anos. Nascido em Minas Gerais, o radialista consolidou a carreira no Distrito Federal. Amante da cobertura esportiva e política, ele ganhou destaque nas reportagens relacionadas ao Executivo local. Atualmente, o mineiro apresentava o programa matinal O Povo e o Poder, transmitido pela Rádio Bandeirantes. Ontem, Marcelo perdeu a luta contra a covid-19, mas deixa um histórico de batalhas vencidas, que vão ser lembradas por aqueles com quem cruzou o caminho.

Marcelo nasceu em 1953, em Bom Sucesso (MG). O interesse pela profissão veio de família. O pai dele, Vicente Ramos, rezava a Ave Maria em uma emissora mineira, o que despertou o interesse do filho pela profissão. Ao chegar em Brasília, em 1968, o radialista traçou o próprio caminho até chegar à cobertura dos acontecimentos diários do Palácio do Buriti.

Entretanto, o início da carreira foi tímido. Marcelo ia às rádios, em Divinópolis (MG), cidade onde morava, apenas para informar a hora. Em 1970, ele iniciou a cobertura esportiva no Distrito Federal. O radialista tinha uma paixão: a cidade de Ceilândia. Ao longo dos 45 anos de profissão, ele acompanhou fatos importantes na capital, como a inauguração dos estádios Mané Garrincha e Augustinho Lima, assim como o Bezerrão. Em 2009, ele foi homenageado pela Câmara Legislativa do DF com o título de Cidadão Honorário de Brasília. Em 2018, decidiu aposentar-se, após a morte de um filho.

Nas redes sociais, o filho Vicente Ramos escreveu um texto de despedida. “Muitos conhecem o narrador do povão, o radialista. E apaixonaram-se pela pessoa incrível que ele é. Poucos conhecem o Marcelo Ramos pai, amigo e esposo. Mais incrível e apaixonante ainda”, disse. O radialista deixa a esposa, cinco filhos e cinco netos. Ele será sepultado no DF e não haverá velório, segundo a família.

Walder Galvão – Correio Braziliense



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