Lei Maria da
Penha: Sejus destaca serviços de acolhimento à mulher no DF - (Mulheres
atendidas pelo Pró-Vítima)
A Lei Maria da
Penha, que completa 14 anos nesta sexta-feira, dia 7 de agosto, tornou-se um
marco histórico do Brasil para proteção às mulheres. A inovação não foi somente
a criação de mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e
familiar, mas oferecer uma rede de apoio às vítimas, envolvendo diversos órgãos
do poder público. No Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania
(Sejus) faz parte do grupo de instituições com serviços destinados a acolher
quem passou por qualquer tipo de violência. Esse trabalho é feito pelo
Pró-Vítima, programa que já realizou 2.545 atendimentos psicológicos e sociais
gratuitos entre janeiro e julho deste ano. Desse total, 123 foram para mulheres
vítimas de violência doméstica.
“Temos uma
equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais, preparada para
cuidar, acolher e orientar cada uma dessas mulheres, que nos procura nesse
momento tão difícil”, explicou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela
Passamani. “Depois que essa mulher denuncia o agressor e busca ajuda para sair
do relacionamento abusivo, nos preocupamos em oferecer todas as condições
necessárias para que elas possam restabelecer seu equilíbrio, mental e
emocional, e seguir uma nova vida sem violência”, completou.
São muitas
histórias que chegam ao programa e a maioria delas tem em comum o relato de
violência doméstica. Foi para superar as sequelas deixadas por um
relacionamento abusivo que a veterinária Camila dos Santos Fernandes, de 26
anos, buscou o Pró-Vítima. “Nunca imaginei que sofreria uma violência. O
Pró-Vítima foi um lugar de apoio, com pessoas que se preocupam comigo. A gente
chega tão destruída com a situação, mas encontrei uma rede de apoio social e
psicológico. Eu me senti acolhida e fortalecida. Isso me deu forças e foi uma
base para suportar tudo o que estou passando”, disse Camila, emocionada ao
lembrar das sessões de terapia individual e em grupo oferecidas pelo programa.
A vítima de
violência pode buscar os núcleos de atendimento do Pró-Vítima de forma espontânea
ou ser encaminhada por instituições e/ou autoridades públicas, assim como por
amigos, parentes ou pessoas da comunidade. O programa conta com seis núcleos de
atendimento, localizados em Brasília, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Planaltina
e Paranoá para atender às vítimas de violência.
De vítimas de
violência a empreendedoras: Além do apoio social e psicológico, a Sejus
garante às atendidas pelo Pró-Vítima ações para conquistarem autonomia
financeira. Com o projeto “Banco de Talentos”, oferece locais para venda de
seus produtos e cursos de qualificação na área de empreendedorismo e gestão de
negócios. Com a pandemia da Covid-19, as feiras de exposição estão suspensas,
mas a Sejus aproveita esse período para ampliar ainda mais as opções de cursos
on-line em parceria com o Sebrae DF, Senac e Senai.
Lei Maria da
Penha: A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006. Com 46
artigos distribuídos em sete títulos, ela cria mecanismos para prevenir e
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ao longo dos nos
passou por diversas alterações. Este ano, por exemplo, foi incluída na Maria da
Penha a determinação que os agressores de mulheres possam ser obrigados a
frequentar centros de reeducação, além de receber acompanhamento psicossocial.
Outra mudança foi a obrigação do autor de violência doméstica a ressarcir
governo pelas despesas com atendimento das vítimas.
Violência
contra a mulher: O Ligue 180 registrou um total de 1,3 milhão atendimentos
telefônicos em 2019. Desse número, 6,5% foram denúncias. Já 47,91%, solicitação
de informações sobre a rede de proteção e direitos das mulheres. Os outros
45,59% foram manifestações, como elogios, sugestões, reclamações ou trotes. Na
comparação com o número de denúncias registradas em relação ao número de
ligações atendidas, o percentual de denúncias de 2019 é superior ao registrado
no ano de 2018.
A maioria dos
casos denunciados no Ligue 180 é de mulheres pardas, solteiras, entre 25 e 35
anos. As violências mais recorrentes são violência doméstica, tentativa de
feminicídio, moral e ameaça. Geralmente os agressores são companheiros,
ex-companheiros e cônjuges.
Canais de
Denúncia
Disque 100
Ligue 180
156 - Opção 6
Ligue 180
156 - Opção 6
Se precisar de
apoio, entre em contato com os núcleos do Pró-Vítima
Ceilândia: 99245-5207 (Assist. Social Joana)
Guará: 99276-3453 (Assist. Social Katia Dupim)
Taguatinga: 99108-1274 Assist. Social Ana Luzia)
Planaltina: 99276-5279 (Assist. Social Maria Isabel)
Paranoá: 99288-5585 (Psicóloga Luana)
Sede: 99960-1892 (Assist. Social Eliane)
Ceilândia: 99245-5207 (Assist. Social Joana)
Guará: 99276-3453 (Assist. Social Katia Dupim)
Taguatinga: 99108-1274 Assist. Social Ana Luzia)
Planaltina: 99276-5279 (Assist. Social Maria Isabel)
Paranoá: 99288-5585 (Psicóloga Luana)
Sede: 99960-1892 (Assist. Social Eliane)
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JUSTIÇA