Pandemia: a chance da W3
Por Circe Cunha e Mamfil
Muito mais do que lazer, as ruas representam um
fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos
movimentos. Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à
disposição dos moradores, principalmente do Plano Piloto, que, à época da
construção da capital, acreditava-se ser o espaço principal e único da cidade.
Dentro dessa concepção, foram projetadas as
avenidas W3 Norte e Sul. Com uma extensão de aproximadamente 13km, incluindo o
trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, as duas avenidas,
outrora o centro nervoso da capital, formam, reconhecidamente pela maioria dos
urbanistas, o principal e potencial eixo de comércio da cidade.
Com um desenho e uma topografia favorável a todo o
tipo de atividade comercial e de lazer, essa que poderia ser uma das maiores e
mais apresentadas avenida do mundo continua esquecida e adormecida numa espécie
de sono profundo. Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi se
instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas
adjacentes.
Não se concebe que numa moderna vitrine do que de
melhor se fez em arquitetura e urbanismo neste país, uma longa avenida como
essa, praticamente esperando uma oportunidade para acontecer e brilhar, não tenha
um projeto racional e belo que lhe restitua a vida. Enquanto esse dia não
chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos,
continuam faturando.
Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o
custo pela manutenção desses edifícios gigantes é repassado aos consumidores.
Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings
chegam a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos
altos aluguéis e de outros custos que esse tipo de mercado gera para os
lojistas.
Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é uma
esperança em tempos de pós-pandemia. O renascimento das W3 significaria a
criação de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência
mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente
opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que teriam a
oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros, com iluminação de UTI e
sempre iguais dos shoppings.
A frase que não foi pronunciada: “Se for
assim, o STF vai ter de rever os institutos de pesquisas. Pelo menos, nas
últimas eleições, só publicaram fake news.” (Dona Dita, botando o preto no
branco)
Interessante: Veja
as informações Mia Ajuda, um aplicativo desenvolvido por alunos da UnB para
ligar quem pode dar e quem precisa de auxílio nesses tempos de pandemia.
Meu nome é Maria Eduarda de Melo e
Silva, sou aluna da UnB e, desde o início da pandemia de Covid19 e suspensão do
período letivo, estamos trabalhando em propostas para amenizar várias situações
desagradáveis decorrentes da necessidade de isolamento social.
Tenho a felicidade de divulgar
que, juntamente com uma equipe de alunos voluntários e os professores Milene,
Maurício e Fernando, desenvolvemos um App para Android, o qual pode ser obtido
gratuitamente na Play Store, chamado “Mia Ajuda”.
O Mia Ajuda é um app de cunho
solidário, sem fins lucrativos, criado com o intuito de aproximar pessoas que
precisam de ajuda daqueles que desejam contribuir de alguma forma. Quem precisa
de ajuda faz um pedido, que aparece no mapa ,e quem pode, e quer ajudar, pode
aceitar o pedido de ajuda mais próximo, de acordo com a posição mostrada no
mapa.
O objetivo do app é estimular a
solidariedade entre vizinhos ou comunidades próximas, de forma descentralizada.
O app é gratuito, não exibe
publicidade e não envolve pagamentos de qualquer tipo. Gostaria de saber, se
seria possível, de alguma forma, você nos ajudar com a divulgação dessa
iniciativa. Segue o link do nosso site: https://miaajuda.netlify.app/
Muito obrigado pela atenção!
(*) Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e
ouvido” – Ari Cunha - Foto: Blog-Google - Charge: br.sputniknews.com –
Correio Braziliense
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BRASÍLIA 60 ANOS
Só existe uma solução para a W3 Sul, que é reformular completamente a arquitetura viária, e rever seu plano diretor, mantendo o gabarito - até porque os tempos mudaram, e com ele as tendências, os hábitos. Comércio talvez não seja mais algo que deva prevalecer em todas as quadras, isso acontecia quando esta região era o coração do Distrito Federal e não havia outras opções. O que estamos vivendo, especialmente na Asa Sul, são reflexos de toda cidade que envelhece, e que começa e se intensifica na região central.
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