Pós-vacina: os primeiros dias de quem participa dos
testes no DF. O Metrópoles conversou com cinco voluntários que receberam a
imunização na semana passada. Apenas um sentiu efeitos colaterais
Na última semana, os 10 primeiros
voluntários do DF participaram do início dos estudos clínicos da vacina
Coronavac, criada pela empresa chinesa Sinovac Biotech.
Em testes organizados pelo Instituto Butantan no
Hospital Universitário de Brasília (HUB), os profissionais de saúde escolhidos
para fazer parte da pesquisa foram avaliados e receberam uma injeção que pode
tanto conter a vacina contra a Covid-19 ou ser um placebo.
A Coronavac já passou da segunda etapa do protocolo
de desenvolvimento de uma vacina, quando a segurança do medicamento é avaliada,
ou seja, pode ser administrada sem prejuízos à saúde dos participantes. Porém,
alguns efeitos colaterais podem ocorrer e são considerados até normais. As
reações mais comuns são febre e inchaço e vermelhidão no local da aplicação.
Em entrevista ao Metrópoles, a enfermeira Mariana
Rodriguez da Silva, 29 anos, conta que sentiu dor de cabeça intensa, náuseas e
dor nas articulações durante o final de semana. A mulher, que foi a , explica
que os sintomas estavam dentro do previsto e já está recuperada.
A médica Larissa Bragança, 33 anos, também
participou da pesquisa na última quarta-feira (5/8) mas não sentiu qualquer
complicação até o momento. A primeira injeção do estudo no DF foi aplicada no
médico Gabriel Ravazzi, 31 anos. Quase uma semana depois, o clínico geral e
gastroenterologista do Hospital de Base diz ter sentido apenas uma dor “muito
discreta no dia”, no local da aplicação. “Estou bem! Até o momento sem
sintomas!”, afirmou sobre seu estado geral.
A fisioterapeuta Magali Oliveira, 40 anos, foi a
primeira a receber a injeção no segundo dia de testes. Ela estava esperançosa
em ter sido “agraciada com a vacina”. A profissional do HUB e Hospital Regional
de Taguatinga (HRT) não sentiu nenhum efeito colateral nos quatro dias que se
passaram. Agora, ela aguarda pela nova convocação dos pesquisadores para
receber a segunda dose da imunização.
A enfermeira Maria das Dores Rodrigues, que foi a
última a receber a injeção, também relata não ter sentido nenhum efeito
colateral do medicamento até agora. O HUB ainda não sabe precisar quando a
plataforma para cadastrar outros voluntários será aberta, mas a expectativa é
que, quando houver a liberação, cerca de 20 pessoas recebam a vacina ou o
placebo por dia. A saúde dos voluntários será acompanhada por cerca de um ano.
Além da primeira dose, cada um deles receberá um reforço 14 dias depois da
primeira aplicação. (Professor Gustavo Romero - HUB, coordena o estudo)
(Médico Gabriel Ravazzi, UnB) primeiro médico voluntário)
A técnica de enfermagem se emocionou ao receber a dose
*Por Juliana Contaifer - Bethânia
Nunes Fotos: Hugo Barreto - Jacqueline Lisboa - Metrópoles
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