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A DISNEY E O MAGO DA BURRICE (Coluna Victor Dornas)



Por Victor Dornas 

Um dos principais lançamentos da Disney este ano, por razões óbvias, acabou sendo distribuído apenas digitalmente através do serviço que a empresa disponibiliza para rivalizar com a Amazon Prime e a Netflix, a plataforma Disney +, ainda não lançada no Brasil. A Disney é certamente uma das maiores empresas no ramo de entretenimento que tem se permitido uma vinculação estranha com as ditas pautas progressistas, como, por exemplo, ideologia de gênero, ecumenismo irrestrito e respeito à liberdade de nações para promoverem o modelo de estado que quiserem, afinal, seus executivos não vivem lá. Com isso, a empresa adaptou a animação “Mulan” para promover politicamente a inclusão da cultura oriental, como se a politização de pautas culturais fosse o caminho adequado para isso.

A Disney então resolveu fazer concessões eticamente irrestritas para agradar o governo chinês. Fizeram o possível e o impossível para conseguirem distribuir o filme na China, como, por exemplo, a inclusão nos créditos finais do longa de um agradecimento especial à secretaria de segurança pública de Turpan. 

A própria mídia dita progressista já fez inúmeros documentários sobre as atrocidades ocorridas no local, envolvendo a mesma secretaria, onde chineses flagrados cultuando religiões estranhas, como o islamismo em suas vertentes mais diversas, foram conduzidos à centros de reeducação, sendo que, em boa parte das vezes, não voltaram mais. Vale lembrar, aliás, que a Disney mudou de CEO no início do ano e um dos únicos herdeiros do próprio Disney é uma alucinada e ativista que não tem no sangue nenhuma migalha de talento de seu tio-avô.

Sempre que se fala sobre este ecumenismo totalitário, onde qualquer prática de cunho religioso deve ser respeitada, menos o cristianismo, costumo recomendar o filme do diretor Martin Scorsese sobre dois jesuítas que tinham como propósito divulgar o cristianismo no Japão do século VII. O filme explica direitinho como é a fundação dos costumes do oriente, não apenas no Japão, com base em filosofias como o budismo e o taoismo. Não esse budismo cafona plastificado que é vendido por aqui como muleta de autoajuda. 

Um budismo autêntico mesmo que prega o pragmatismo também totalitário e por isso, uma aversão incondicional ao cristianismo que ensina justamente o oposto, ou seja, a tolerância e o sacrifício.

O caso em tela é de uma mega-empresa (Disney) concebida justamente no berço do cristianismo ocidental, talvez a maior de todas as empresas no ramo cultural, tentando "dialogar" com um governo esculpido em doutrinas que não admitem flexibilizações da noção prática de qualquer ideia sobre o fracasso, ou seja, onde o fim se justifica pelos meios. O resultado, óbvio, totalmente desastroso, pois ainda que tenha prestado honrarias ao governo que assassinou pessoas que ameaçaram sua estabilidade, ainda assim, a Disney foi esnobada. Bem feito!

É necessário pontuar que a crítica severa ao modelo de governo chinês e a fundação de hábitos que reprimem a insurgência de novos costumes não deve se traduzir em hostilidade ao povo chinês e sim o contrário. Nós aqui, aliás, também temos nossos defeitos irreparáveis em termos políticos e até nos permitimos partidos assumidamente comunistas, até hoje! 

Somos reis na demagogia, porém não podemos fingir que o mundo é um conto de fadas, tais quais aqueles que a Disney brilhantemente elaborou nas animações feitas à mão que eternizaram a beleza e que, assim como o movimento impressionista tentavam recuperar o belo num mundo de trevas de guerras mundiais, e fazermos por isso vistas grossas aos desatinos de governos ditatoriais. Em suas animações 2D, Disney jamais defendeu o idenfensável, por mais que a ideia fosse trazer uma beleza ingênua e pura, num contexto de guerras abomináveis. Disney não pintou um genocida como Stalin de bonzinho, como a esquerda tem feito aqui no Brasil, ou colocou nos créditos de suas obras agradecimentos à secretarias de extermínio que perseguem muçulmanos.

O governo chinês, antes mesmo da polêmica com os tais créditos, já mexeu os pauzinhos para sabotar a divulgação do filme em seu território, uma vez que esse choque entre a democracia e o budismo só interessa mesmo ao “cabeça de vento” progressista. O governo totalitário não está preocupado com ecumenismo, com paz mundial nem nada disso. Somente uma mente desprovida do mínimo de formação histórica consegue admitir que tais diálogos possuem qualquer razão de ser. Gente que vive no mundo da lua e por isso as vezes comete os piores pecados.

Para completar o ocorrido, o famosos escritor e feiticeiro embusteiro Paulo Coelho, petista de carteirinha aliás, resolveu usar suas redes para pedir boicote aos produtos brasileiros, uma vez que segundo o mesmo, nós somos cristãos tão fundamentalistas como o Talibã, movimento fundamentalista islâmico. Paulo está confortável no seu socialismo de meio bilhão de euros no estrangeiro e pode se dar ao luxo de pedir um boicote internacional, pois deve ter raivinha do Bolsonaro.

O que o mago de araque tem a ver com a Disney? A China.

Sendo a China o país que mais compra produtos brasileiros, mais do dobro dos Estados Unidos que também importam bastante, mais ou menos uns 30 bilhões por ano, adivinhem com quem Paulo está dialogando? Com o governo chinês. Pois o governo opressor é o brasileiro em que cada mísera postagem do presidente em redes sociais surgem centenas de ameaças de morte de petistas desocupados que fazem isso “só de brincadeirinha”. Nós é que somos o Talibã. Legal mesmo é a secretaria de segurança do nosso maior cliente importador. Aliás, conforme citado sobre Turpan, já sabemos o que a própria China pensa de muçulmanos.

Enfim, tudo se resume ao problema da legitimação, caro leitor.

Se emolduramos celebridades disparatadas como nossos arautos internacionais, ou celebridades que processam pessoas por dizerem a verdade, principalmente quando é uma verdade das mais cabeludas, estamos cavando nossa própria cova haja vista que são essas pessoas que traçarão nosso rosto lá fora. Pessoas que atuam contra a nação inclusive, sem qualquer pudor, por motivos desconhecidos.

A pior herança do petismo é a falência da cultura brasileira.





(*) Victor Dornas - Colunista do Blog Chiquinho Dornas ,fotos ilustração: Blog-Google.


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