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A SABOTAGEM AO PL 1485 (Coluna Victor Dornas)


*Por Victor Dornas 
Após meses de labuta incessante, finalmente o projeto de Lei 1485, que prevê a duplicação de pena para os crimes de corrupção durante a pandemia entrou em pauta nas discussões do nosso parlamento. Parece uma obviedade querer punir em dobro crimes como peculato e corrupção passiva num momento onde os recursos ficam ainda mais escassos em virtude da queda do PIB provocada pela pandemia, mas para o PT a questão ainda é controvertida.

O PT não quer a aprovação do projeto, pois teme a capitalização política pelo mérito de autoria do partido Novo. O PT é assim, ele não faz oposição e sim demolição do país em benefício sabe-se lá de quem.

O placar? 230 votos a favor do projeto e 217 contra. Além do PT, PL, PP, MDB, PSD, Republicanos, DEM, PTB e PSOL anuíram ao descalabro.

 A notícia provavelmente não será difundida pelos grandes meios de comunicação e os próprios eleitores do PT e destes outros agrupamentos de incompetentes também não estão preocupados com nada disso, haja vista que a ideia é militar por uma causa que não existe. A realidade dá muito trabalho, envolve a percepção de si mesmo, suas contradições e vícios.

Aliás falando em grande mídia, a piada da vez são articuladores de grande alcance prestando condolências ao governo Witzel. A ideia é que o Supremo passou por cima da lei e sequer deixou que os advogados do agora “afastado” governador tivessem acesso aos autos. Ora, ora. Quando Alexandre de Moraes resolveu fazer batidas aparelhando a PF por meio de manobras regimentares alucinadas na casa dos entusiastas do astrólogo Olavo de Carvalho, nenhum deles achou ruim, uma vez que é uma gente que não tem simpatia pela mídia.

Agora promovem essa lamúria grega por conta de Witzel que, ao contrário dos aduladores de Olavo, está envolvido até o pescoço com escândalos de corrupção do seu próprio governo. Mas para a grande mídia, faltou apenas “habilidade política” ao ex-magistrado.

Abuso de autoridade não deve ser analisado com base em simpatia. Se o Supremo passou por cima da lei com Witzel, está errado legalmente falando. Isso não significa que a lei seja a maior de todas as verdades da face da Terra e caso alguém use retórica jurídica com respaldo legal para proteger criminosos é também dever do articulista criticar uma lei mal formulada.

O positivismo em forma de garantismo, aliado ao sentimento petista de vingança pela prisão do larápio Lula é o tempero para tentar manipular o povo no sentido de vulgarizar os procuradores da Lava-jato, que por sua vez seria não mais do que um partido político e por isso estaria perseguindo o coitadinho Witzel. Isso não vai colar, logicamente. Tudo que esses intelectuais falsificados conseguirão é mais uma eleição polarizada no populismo e no debate raso que provavelmente beneficiaria o próprio Bolsonaro, agora nos braços do Nordeste.

Tudo isso acontece, pois votações como essas não chegam ao conhecimento de quem ainda prestigia esse tipo de partido que se diz de esquerda, entretanto representa o que há de pior no reacionarismo. Acusam o outro daquilo que eles mesmos fazem em dobro.

Existe um risco, sem dúvida alguma, na politização de qualquer coisa, inclusive da lava-jato. Existem sim os excessos, porém a completa debilidade, irracionalidade e carência de senso de proporções fazem com que os abusos do STF em relação ao afastamento do Witzel seja mais relevante do que a maior base do congresso brasileiro quase derrubando um projeto que não tem qualquer polêmica na sociedade por pura implicância política e disputa por vaidade.

A ideia do PT é bloquear tudo aquilo que o governo ou o Partido Novo enviem ao congresso. Alianças espúrias feitas pelo presidente muitas vezes decorrem disso, pelo mínimo de governabilidade, e em outros casos também derivam das más influências que orbitam o atual mandato.  

O caso do PL 1485 evidencia como a dita esquerda atua no Brasil. Brecando, sabotando, politizando e roubando. Esse é o motivo de sermos tão atrasados.



(*) Victor Dornas - Colunista do Blog Chiquinho Dornas ,fotos ilustração: Blog-Google.

2 Comentários

  1. Eu odeio o termo esquerda e direita mas engraçado que seu comentário final parece indicar que desde 1500 somos governados pela dita esquerda. Kkkkkk

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  2. Culpar o PT pelas alianças outrora criticadas pelo bolsonarismo é exercício de má fé!Essa PL não retroage,com fins meramente populistas e com viés eleitoral não pegará ninguém, sobretudo com uma pandemia que se aproxima do fim! O papel da oposição é esse mesmo! Ou vcs apoiavam a Dilma? Hipocritas

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