"Estamos avaliando o retorno do Sejus Mais Perto do Cidadão para o início do ano que vem. Trabalhamos com uma perspectiva de melhora dessa pandemia
Estamos
expandindo nossos serviços. Ao CB.Poder, titular da Sejus comenta sobre o trabalho da
pasta durante a pandemia e o aumento das denúncias no Disque 100. Objetivo é
fortalecer a rede de atendimento ao cidadão, inclusive com programas
itinerantes
A Secretaria
de Justiça e Cidadania do Distrito Federal começa a planejar o retorno
presencial de ações que foram interrompidas com objetivo de evitar a
disseminação do novo coronavírus. Em entrevista ao CB. Poder — parceria do
Correio Braziliense e da TV Brasília — a secretária Marcela Passamani afirmou,
ontem, que a intenção do governo é voltar com o programa Sejus Mais Perto do
Cidadão no início de 2021. Na conversa, a secretária também falou sobre o
aumento no número de denúncias registradas no Disque 100 e a ressocialização de
jovens infratores.
Passados seis meses
de pandemia, qual o desafio para o trabalho da Secretaria de Justiça? Nós não paramos de trabalhar em nenhum momento. Todas as políticas
públicas estruturadas dentro da Secretaria de Justiça tiveram direcionamento
para o período de pandemia, mas isso não nos deixou inertes. Nós tínhamos de
cuidar da nossa população. Foi isso que fizemos desde o primeiro dia em que eu
assumi. Sabíamos que precisávamos estar a serviço da população, é isso que nós
estamos fazendo, mas de uma forma segura. Então, iniciamos essa campanha de
atendimento itinerante e, agora, estamos realmente expandindo essa questão dos
serviços.
A secretaria tem
alguma estratégia em relação a 2021, ou o foco ainda é a pandemia? Nós vivemos o presente com o olhar no futuro. Nosso objetivo é voltar
com o programa Sejus Mais Perto do Cidadão, que no ano passado atendeu mais de
60 mil pessoas, nas 11 cidades por onde passou. Com esse programa, nós levamos
todos os serviços da Secretaria de Justiça para as cidades: Procon, Na Hora,
oficinas, cursos. Nós visitamos as escolas com oficinas de prevenção às drogas
e à violência. Estamos avaliando o retorno do Sejus Mais Perto do Cidadão para
o início do ano que vem. Trabalhamos com uma perspectiva de melhora dessa
pandemia.
Estatísticas
mostram que houve aumento da violência em várias cidades brasileiras. Como a
Sejus está atuando nesse sentido? Infelizmente, todos os níveis de violência tiveram um maior número de
denúncias, tanto pelo Disque 100 como nos números locais — por meio do Cisdeca
(Coordenação do Sistema de Denúncias de Violação de Direitos da Criança e do
Adolescente), que atende crianças e adolescentes; pelo número 156, que atende
denúncias de violação de direitos de pessoas idosas, assim como denúncias
envolvendo a Lei Maria da Penha. A gente trabalha para evitar que haja violação
de direitos, mas, infelizmente, isso ocorre. Sabemos que não conseguimos chegar
em todos os lugares. Para isso, nós estamos expandindo nossos serviços
itinerantes.
Como está o programa de ressocialização de jovens infratores? Nós entendemos que o caminho, realmente, para uma nova história é por meio da educação e da oportunidade. Esses jovens têm de ser responsabilizados pelos seus atos, mas eles também têm direito à educação, à ressocialização, ao lazer, e é o que a gente oferece para esses adolescentes que estão no nosso sistema. Só na internação, nós temos 750 jovens e nós trabalhamos com meio aberto, semiaberto, liberdade assistida, internação. (Entrevista completa ...Vídeo em minutos...)
CB. Poder — parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília — Secretária Marcela Passamani