Sérgio Moro, enquanto ministro, encaminha ao congresso um pacote anticrime considerado pela grande mídia stalinista como muito "austero", afinal de contas há toda uma complexidade sociológica no “direito dos manos”. Amaciando a população, ignorante como sempre, aliás, e com chancela formal do presidente da República que se elegeu sem avisar ao eleitor que garantiria o fim da lava-jato, o congresso enfiou naquele projeto um artigo malicioso, um vírus jurídico, que daria ensejo normativo para que a turma de mal togados pudesse aplicar o golpe letal.
O artigo em questão diz que de 3 em 3 meses, o magistrado
competente deve reavaliar a situação do bandidinho preso que protela uma
decisão terminativa usando caros advogados em recursos intermináveis.
Nisso o olho dos abutres dos grandes escritórios brilharam
de satisfação, pois, doravante, o dinheiro vindo do mundo do crime rolaria de monte, dentro da lei. Viva o mito! E assim foi feito.
Imagine só, caríssimo, o quê ocorre quando o líder do PCC é preso.
A PF se empenhou ao
máximo e conseguiu enquadrar o lixo humano por tráfico de drogas, mais
precisamente 4 toneladas de cocaína. Se dependesse dessa escória que se diz
esquerda no Brasil e quer legalizar o consumo de drogas por meio de lobby de
empresa estrangeira que usa até criança em propaganda, o sujeito estaria
ainda mais tranquilo para “empreender”, uma vez que, conforme visto em inúmeros
outros casos como os cigarros de nicotina, liberar o o consumo só potencializa o tráfico, ainda mais
numa rota internacional como é o caso do Brasil.
Daí o sujeito condenado recorre... e recorre... e recorre até cansar.
Decisão ratificada em segunda instância, TRF, Superior Tribunal de Justiça, até que chega nas mãos do Sr. Marco Aurélio. Pergunta-se: Quem é Marco Aurélio Mello? É juiz? Não. É concursado? Não. É advogado pelo menos? Aí depende do juízo acerca da profissão. Quem raios é Marco Aurélio? Primo de Fernando Collor e só. Então o ministro em questão, que não é juiz, resolve soltar o chefe do PCC, pois em sua hermenêutica de boa formação sabe-se lá no quê, o Ministério Público não formalizou toda a sua participação "suficiente". "Solte o homem, ora bolas."
Solte primeiro e só depois oficie o MP, note-se! É a batida perfeita dessa cultura subversiva tão arrojada e moderna, não acham? O rap do Supremo, essa coisa!
Não bastou que a prisão do chefão do tráfico fosse ratificada em três instâncias. Faltou ali mais um documento sob pena de inferência tácita pró réu, afinal, de repente é um sujeito idôneo não é verdade? Ocorre que há um juiz no Supremo, conforme esmiuçado nesta coluna. Aquele tão elogiado por Sérgio Moro, Luiz Fux, que, ao contrário dos colegas (a exceção de Rosa Weber), é um juiz de formação e sacando logo o disparate do primo do ex-presidente deposto resolveu dar uma cartada nada “garantista” que suspendia a liminar que mandava soltar o dejeto.
A revolta da suprema corte do ópio foi imediata e logo os ministros foram todos contra Fux, adjetivando a conduta do colega inclusive, em redes sociais, pois agora, além de ministros sem formação de magistrado, eles são também ativistas políticos, formadores de opinião, articulistas e educadores do bom sendo e da moral. Claro que Fux seria vencido, porém a estratégia do novo presidente da corte é cair sempre atirando para deixar exposta a ferida da delinquência “anti lavajatista”.
Rodrigo Maia, o deputado sem votos mais influente da história, quis dar uma pérfida lição de moral na promotoria também. Pois, se virou bacanau mesmo, Rodrigão quer participar da farra também, não é mesmo? "Não trabalham direito, já vi gente mais de 1 ano sem denúncia, reclamou o companheiro "Botafogo".
Reitera-se que tudo isso
partiu de uma canetada presidencial, lá no ano passado.
A grande mídia
stalinista tratou o escândalo como uma mera divergência entre os ministros, uma
vez que, no Brasil, usa-se o método da morte lenta, ou seja, para que o indivíduo
não saiba que está sendo apunhalado, tudo é feito de centímetro em centímetro, de modo que, assim, não se sinta a dor de uma vez e se perca também a noção do que é
óbvio. Enquanto o presidente indica o sucessor do decano de acordo com o
interesse de pessoas ligadas ao PCC e aos tais grandes escritórios, o
brasileiro então se ramifica entre apoiadores do mito ou do Lula, a alma mais
cândida deste país que também está na rua beneficiado pelo estupro das lacunas
legais.
A semana mal começou a já temos o líder do PCC nas ruas graças ao Supremo.
Talvez até sexta feira
seja decretado logo o fim da liberdade de pensamento, sob os aplausos de uma
sociedade complacente que interpreta o jogo político como uma partida de
futebol, uma rinha de fanáticos que babam por políticos de estimação.
O PCC venceu mais uma. E a legalização da maconha vem por aí... a galope. Um Supremo nada "retrógrado" está doidinho para legislar sobre isso também.