Mais que uma das nossas pérolas negras,
Dhi é desbravadora. Dedica-se a abrir espaços para a música e a cultura.
Escolheu Brasília como sua casa, seu maior palco de atuação, apesar do sucesso,
que é nacional. É parceira do Sesc-DF nos projetos culturais, foi uma das
protagonistas do Sesc Varanda, que ocorria no Pontão do Lago Sul antes da
pandemia.
Desafio e criatividade: Sobre
ser empreendedora, ela não disfarça as dificuldades, mas sua história mostra
que valeu a pena. “Numa sociedade em que ser mulher é um complicador, ser
mulher negra ainda é mais desafiador. É preciso ter criatividade o tempo todo e
buscar caminhos inéditos para concretizar meus sonhos. É o que procuro fazer”,
conta.
Consciência Negra: Hoje, Dia
da Consciência Negra, Dhi afirma que precisamos reconhecer mais nossa
identidade brasileira todos os dias e não só apenas em um.
“Ainda temos um longo caminho por
trilhar. Em primeiro lugar, somos um país negro que não se reconhece como tal.
Nós nos distanciamos socialmente, negamos direitos, temos uma cultura trazida
pelos nossos colonizadores que nos ‘desidentifica’. Lembrar de ter consciência
negra só no dia 20/11 reforça tudo isso”, aponta.
Por Samanta Sallum – “Coluna Capital S/A” – Correio Braziliense