*Por Circe Cunha –
Mamfil
Nada como uma pandemia em âmbito
mundial, colocando na geladeira o ano de 2020, para alterar, de forma profunda,
cenários diversos, na economia, na política, nas relações de trabalho, na
sociedade, na cultura e em tudo o mais.
De certa forma, a quarentena de
meses, dependendo do país afetado, serviu para arrefecer agitações ou colocar
fogo, de vez, no ambiente. Na Europa, a virose deixou em segundo plano, na
atenção do público, assuntos importantes como o Brexit na Inglaterra. Em países
como a França, Alemanha, Espanha, grupos de imigrantes, vindos de países arrasados
pela guerra e castigado pela fome, resolveram tomar o continente, numa espécie
de cobrança tardia pelos flagelos impostos durante o colonialismo dos brancos
no continente africano.
Nos Estados Unidos, a reeleição,
considerada certa do presidente republicano Donald Trump, desandou de forma
radical, segundo apontam analistas, justamente por desdenhar do potencial de
estrago que a virose traria para a maior economia do mundo. Na realidade, essa
derrota é ainda uma questão em aberto, que poderá tomar o caminho ou de um
esclarecimento futuro ou ficar congelada no tempo como foi o assassinato do
presidente Kennedy, em 1963. O fato é que muito ainda há que se esclarecer
sobre os desvios nos mecanismos de votação naquele país.
Há ainda a esclarecer as possíveis
intromissões de países como a China e a Rússia no processo eleitoral, um tanto
arcaico e frágil, dos EUA. Essas são desconfianças e dúvidas que não podem ser
deixadas de lado, uma vez que, se assiste, de fato, a uma guerra tecnológica e
subterrânea em curso nas redes sociais, travadas por esses novos combatentes
denominados hackers, que alteram o curso dos acontecimentos, de acordo com a
vontade de governos diversos. O que pode ter acontecido nos EUA, pode, muito
bem, se repetir em outros países. Até mesmo no Brasil.
A adoção de urnas eletrônicas,
como as que temos em uso, não garante, perante o mundo de tecnologias
sofisticadas e muito avançadas, a lisura dos pleitos. Nada está 100% seguro no
mundo atual. No Brasil, à semelhança do que ocorreu nos EUA, o governo vem,
desde o início da pandemia, insistindo na negação do potencial dessa virose,
desafiando, abertamente, as recomendações médicas de distanciamento e outros
procedimentos recomendados pelas autoridades de saúde.
Com esse comportamento de ir
contra a corrente, o presidente Bolsonaro aprofundou ainda mais a cisão entre
os brasileiros que respeitam e temem a contaminação e aqueles que agem
desafiando a doença. Com isso, as divisões políticas que já vinham se
desenhando no horizonte, ganharam ainda maior relevo, com a montanha de 200 mil
mortes, provocadas pela covid-19 .
O derretimento dos projetos de
reforma e a sinalização de um possível retorno da recessão colocam sérios
obstáculos a uma reeleição, que se acreditava tranquila e certa. A pandemia
borrou o horizonte político do país, impedindo quaisquer tipos de previsões.
Uma possível segunda onda da doença embaralhou ainda mais o que já era um
cenário de dúvidas, a ponto de colocar, como preocupação central a questão:
estaremos vivos ao final desses acontecimentos?
Larápios: » Quem deve estar estranhando a falta de movimentação nas piscinas da Água Mineral são os macacos. Habilidosos, pegavam bolsas e sacolas e levavam para o alto das árvores para o desespero dos donos. Tudo devidamente alertado na entrada do clube. Um pequeno descuido e adeus chave do carro e celular.
Passividade: » Se quando chove falta energia, certamente, a CEB sabe a razão. Então, por que não há um plano de prevenção? Por que as contas continuam subindo e a qualidade do serviço caindo? Preço mínimo para a privatização da CEB Distribuidora foi fixado em R$ 1,424 bilhão. Foto: correiobraziliense.com.
Sem rampa: » Era uma paciente do Sarah Kubitschek que recebeu orientação para fazer caminhada diária. Começou os exercícios recomendados e, em poucos meses, o joelho estava estourado novamente. Ao atravessar as ruas para continuar na calçada, por não haver rampa de acessibilidade, o subir e descer meio-fio foi o suficiente para acabar com as cirurgias.
Circe Cunha – Mamfil – Coluna “Eixo Capital” – Ari Cunha - Foto: JN - Reprodução da internet – GettyImages – EBC - brasiliadefato.com - Correio Braziliense.