A arquiteta e urbanista Alda
Rabello Cunha faleceu (foto), ontem, aos 92 anos. Pioneira de Brasília, que foi
uma das responsáveis pelo projeto paisagístico da nova capital durante a
construção da cidade. Ela estava internada no Hospital Santa Lúcia e não resistiu
às complicações decorrentes de uma insuficiência cardiorrespiratória crônica. O
velório e sepultamento do corpo será hoje, na Capela 6 do cemitério Campo da
Esperança, da Asa Sul, a partir das 12h.
A paisagista era defensora dos
cuidados ambientais e lutava contra a destruição de áreas de preservação no DF.
Para Alda, a arquitetura deveria servir às necessidades humanas, e os homens
deveriam viver integrados ao meio ambiente de forma digna e justa.
Na capital federal, casou-se com o
também arquiteto João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé. Alda deixa duas
filhas, Adriana Rabello Filgueiras Lima e Sônia Filgueiras, e três netos.
“Minha mãe tinha uma força impressionante. Admirável. É como eu vou me lembrar
dela”, relata Sônia.
Formada pela Escola Nacional de
Arquitetura da atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi uma das quatro
mulheres de uma turma com 40 alunos homens. Alda chegou à Brasília antes da
inauguração, em 1959, e trabalhou o paisagismo das quadras e dos eixos junto a
Oscar Niemeyer.
A arquiteta foi autora dos
projetos de paisagismo do Hospital Sarah Centro, do Hospital Sarah Lago Norte,
do CCBB (projeto do Oscar), dos edifícios Camargo Correa e Morro Vermelho, no
Setor Comercial Sul, e da reforma dos jardins do Palácio da Alvorada, por
indicação do Oscar.
Júlia Eleutério * ~~*
Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho – Foto: Emerson Fonseca
Fraga/CAU/BR - Correio Braziliense