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Sputnik V, vacina fabricada no DF: Anvisa recebe pedido para uso emergencial

Anvisa recebe pedido para uso emergencial da Sputnik V, vacina fabricada no DF Pedido de urgência para 10 milhões de doses foi protocolado nesta sexta por equipes da União Química e o Fundo de Investimento Direto Russo.

A farmacêutica brasileira União Química e o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF, sigla em inglês) protocolam, nesta sexta-feira (15/1), pedido emergencial junto à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para utilização de 10 milhões de doses do imunizante Sputnik V no Brasil.


Os grupos fecharam um acordo, na quarta-feira (13/1), para fornecimento ao Brasil de 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no 1º trimestre de 2021. As entregas devem começar ainda em janeiro. Este é o objeto do pedido emergencial.


O CEO do fundo russo, Kirill Dmitriev, encontrou-se com uma comitiva da União Química, na quarta-feira, em Moscou. O presidente da farmacêutica brasileira, Fernando Marques, e o diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, participaram da reunião.

De acordo com nota da União Química e do RDIF, “a Sputnik V é amplamente utilizada e aprovada por vários países no mundo, será produzida nas fábricas de Brasília e de Guarulhos, através de acordo de transferência de tecnologia firmado entre a companhia e o Fundo Soberano de Investimentos da Rússia – RDIF”.


Por isso, eles entendem que “todos os esforços, seja do setor público ou do setor privado, deverão ser empenhados de forma a combater a pandemia da Covid -19 , inclusive com ações extraordinárias e excepcionais em razão da urgência e relevância que o momento exige”, diz nota.


Tecnologia: A tecnologia da vacina será transferida para o Brasil, por meio da União Química. A farmacêutica iniciou a produção do imunizante nesta sexta-feira (15/1), em Brasília. A solicitação para estudos clínicos da Sputnik V no Brasil foi realizada em 29 de dezembro de 2020.


Brasileiros que trabalham na Embaixada do Brasil na Rússia estão sendo vacinados, segundo o RDIF. O imunizante foi aprovado para aplicação de forma emergencial em países como a Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina.


“Nossos parceiros da União Química estiveram entre os primeiros do mundo que demonstraram interesse na vacina russa Sputnik V. Estamos prontos para uma cooperação em larga escala, em suprimentos e produção, para iniciar a vacinação da população no Brasil o mais rápido possível”, disse Dmitriev.


Segundo o CEO do RDIF, a Sputnik V “é uma vacina segura e eficaz, criada em uma plataforma comprovada e bem pesquisada de vetores adenovirais humanos”. “Vários países da América Latina estão vacinando pessoas com o Sputnik V, e esperamos que o Brasil se junte a eles nas próximas semanas”, pontuou.


Dmitriev e o empresário brasileiro pretendem propor a todos os países integrantes do Brics – grupo de nações com economias emergentes – a criação de uma força-tarefa para combater a Covid-19 e cooperar para o acesso e a distribuição das vacinas.


No Brasil, a Anvisa analisa pedido de autorização para uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca, que será importada da Índia, e da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac.


Eficácia: O RDIF anunciou que a eficácia da Sputnik V é superior a 90%, com proteção total contra casos graves da Covid-19. Mais de 1,5 milhão de pessoas receberam o imunizante.


De acordo com o fundo de investimento russo, a temperatura para o armazenamento da vacina é compatível com um refrigerador convencional, ou seja, não haveria necessidade de se investir em infraestrutura adicional para a conservação.

Representantes da União Química se encontram com Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), em Moscou.

                                 Manoela Alcântara – Fotos: Hugo Barreto – Metrópoles



 

 


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