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Bonita, até debaixo de chuva - ( é importante se prevenir contra raios)

Bonita, até debaixo de chuva. A cidade continua sendo um grande cartão-postal em tempos de aguaceiro, mas é importante se prevenir contra raios, comuns nessa época do ano. No Memorial JK

Desde o começo do mês de fevereiro, o brasiliense percebeu o céu da cidade mais cinza e as temperaturas mais baixas, além das tempestades mais presentes. Mesmo assim, o céu de Brasília, conhecido como o “mar da cidade”, segue encantando com sua beleza até em dias nublados e chuvosos.

A mudança no clima neste início de ano ocorre devido ao fenômeno La Niña, que vai até março. Por conta dele, há esse aumento das fortes chuvas e das quedas de raio na região do Distrito Federal, vistas nos primeiros meses deste ano.

Segundo o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Junior, “o fenômeno está sendo observado principalmente na região Norte e em partes das regiões Nordeste e Centro-Oeste”. Enquanto nas regiões Sul e Sudeste, o La Niña não causa tantas mudanças climáticas.

O DF registrou 20.414 raios nos primeiros 10 dias de fevereiro. Desse total, 5.951 tocaram o solo. Os dados são do Elat/Inpe. Ainda de acordo com o instituto, o número é 10 vezes maior em comparação com o mesmo período no ano anterior, que registrou 1.991 raios com 958 tocando o solo.

No Eixo Monumental: Além disso, o elevado número de raios registrados, somente no começo de fevereiro de 2021, já representa 74,3% e 60,9% do total de raios que caíram em todo o ano de 2019 e em 2020, respectivamente. Com isso, os brasilienses devem ficar atentos aos riscos causados pela a alta incidência de raios na região, sem esquecer de admirar esse fenômeno.


A presença do La Ninã não é o único fator para o aumento de raios. “A construção de torres e prédios altos influenciam na ocorrência de raios chamados ascendentes, que partem do solo em direção às nuvens”, segundo informações do Elat/Inpe.

Outro possível fator se refere à urbanização das cidades. As ilhas de calor formadas pelos grandes centros urbanos, a falta de vegetação natural e a poluição atmosférica contribuem para o aumento das tempestades, o que pode ocasionar mais descargas elétricas em uma região.

Os cuidados:
 A cada 50 mortes por raio registradas no mundo, uma ocorre no Brasil. Um levantamento realizado pelo Elat/Inpe, entre os anos 2000 e 2019, mostra que Brasília é a terceira localidade com o maior número de mortes causadas, registrando 21 óbitos no período. A capital está atrás apenas de São Paulo capital, com 30 mortes, e Manaus, com 27.

Na Catedral Metropolitana: Para se proteger dos raios e prevenir acidentes, é importante abrigar-se em locais fechados e seguros das tempestades. Além de evitar o uso de equipamentos eletrônicos ligados a tomadas e manter distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas. Caso não tenha um lugar seguro, é preciso ficar longe de qualquer ponto mais alto e objetos metálicos.


A Defesa Civil do DF oferece um serviço gratuito de alertas de tempestade para que os brasilienses se previnam em dias de temporais. Para se cadastrar, é necessário enviar um mensagem por SMS para o número 40199 com o CEP da residência ou local de referência que queira receber as previsões meteorológicas.

O que evitar durante as tempestades? Ambientes ao ar livre: »
Evitar ficar próximo de veículos, como carro » Evitar abrigar-se ou caminhar perto de árvores » Evitar praticar esportes ao ar livre durante as tempestades, como jogar futebol » Não caminhar em áreas descampadas » Evitar ficar próximo a objetos metálicos, como varal de metal, antena ou portão de ferro » Não permanecer dentro de piscinas, rios ou mar. Em locais fechados: » Não utilizar equipamentos ligados à rede elétrica ou ficar perto de tomadas » Não falar ao telefone com fio ou utilizar celular conectado ao carregador » Não tomar banho em chuveiro elétrico » Não ficar próximo a janelas e portas metálicas; Opções seguras de abrigo durante tempestades: » Entre em um veículo não conversível, mantenha as portas e vidros fechados, evitando contato com a lataria » Entre em moradias ou prédios, mantendo distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas » Entre em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.


               Júlia Eleutério – Fotos: Ed Alves/CB/D.A.Press – Correio Braziliense.




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