A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reuniu-se
nesta sexta-feira (26) com o novo ministro da Cidadania, João Roma Neto, para
apresentar as ações que estão sendo conduzidas na área social no Distrito
Federal, como também os novos projetos.
Mayara Rocha foi a primeira secretária de Estado a se reunir com o
titular da pasta, que tomou posse nesta semana, sendo o responsável
nacionalmente pela gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
Durante a visita, a secretária destacou as medidas voltadas à população
em vulnerabilidade social do DF que estão sendo adotadas em meio à crise gerada
pela pandemia. Entre essas medidas, estão o Cartão Prato Cheio e a instalação
dos abrigos provisórios do Autódromo, no Plano Piloto, e o do Abadião, em
Ceilândia, para proteger a população em situação de rua.
“Nossa equipe
se reinventou para manter todos os serviços e unidades socioassistenciais
funcionando, mesmo com as medidas necessárias de isolamento social" (Mayara
Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social)
“A demanda por benefícios sociais aumentou durante a pandemia”, atestou
a secretária. “Nossa equipe se reinventou para manter todos os serviços e
unidades socioassistenciais funcionando, mesmo com as medidas necessárias de
isolamento social para evitar disseminação do vírus. E temos nos empenhado para
pensar em novas formas de aumentar esse suporte para a população em risco
social”, acrescentou.
Crianças: Na reunião, outro tema discutido foi o programa voltado
para desenvolvimento infantil na primeira infância no DF, o Criança Feliz
Brasiliense. Segundo a gestora, a ideia é ampliar o atendimento para mais de 3
mil vagas ainda neste semestre.
Mayara também colocou a pasta à disposição do Ministério da Cidadania
para futuros projetos em comum. “É muito importante o trabalho em parceria do
governo federal com os estados e com o Distrito Federal mais ainda por ser a
capital federal”, enfatizou Roma.
Com uma agenda voltada para a troca de experiências com o governo
federal e para avaliar projetos futuros na área de proteção social pública, a
secretária também se reuniu nesta sexta com a secretária nacional de Proteção
Global do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Mariana
Neris.
“Temos como meta colocar o Distrito Federal como modelo de gestão na
política pública social, de forma que os atendimentos aos cidadãos sejam
referência para todo o país”, reiterou.
Moradores de rua: Um dos projetos para este ano é a ampliação em
mais 600 vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua. Mas a ideia não
é só aumentar a oferta de vagas. A expectativa é qualificar o atendimento que
já é oferecido nas unidades de execução direta pela Secretaria de
Desenvolvimento Social (Sedes) e nas geridas pelos parceiros, a exemplo do que
que foi desenvolvido nos alojamentos provisórios durante a pandemia.
“Brasília pode
nos ajudar a ser modelo de metodologias na área de proteção social, unindo a
Assistência Social e os Direitos Humanos, para que futuramente possamos
replicar para todo o país” (Mariana Neris, secretária nacional de Proteção
Global do Ministério da Mulher)
“Foi nítida a transformação dos acolhidos nos alojamentos. Eles passaram
a andar bem vestidos, com a higienização em dia, de roupa lavada, barba feita,
tiveram cursos de profissionalização à disposição”, pontuou a gestora. “O
Estado disponibilizou uma demanda que era necessária. E isso despertou neles a
vontade de sair das ruas. Quando o Alojamento do Autódromo foi desativado,
grande parte deles voltaram para suas famílias. Eles se afastaram por problemas
diversos e retornaram para suas famílias de forma digna”, observou.
“Foi um passo muito importante. A partir daquele momento, toda a equipe
ficou debruçada, não só em ampliar as nossas vagas de acolhimento, mas,
principalmente, trazer para as nossas unidades de acolhimento o caráter de lar,
para que eles entendam essa necessidade de ter um elo, de ter um lar, de ser
protagonista da sua vida, de criar um vínculo”, detalhou.
Mayara recebeu da secretária nacional de Proteção
Global o comentário de que é preciso valorizar essa transversalidade da
política de Assistência Social com a política de Direitos Humanos. “Brasília
pode nos ajudar a ser modelo de metodologias na área de proteção social, unindo
a Assistência Social e os Direitos Humanos, para que futuramente possamos
replicar para todo o país. E essa intersetorialidade dos governos federal com
os estaduais ajuda a fortalecer a política pública”, concluiu.
Agência Brasília – Edição Abnor Gondim - Com informações da Sedes